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Política

PF acha indícios de organização criminosa com Temer e Geddel

A investigação realizada pela Polícia Federal tinha como objetivo apurar se membros do PMDB da Câmara formaram uma organização criminosa para desviar recursos de órgãos públicos.

A Polícia Federal enviou para o Supremo Tribunal Federal (STF) um inquérito que aponta indícios de formação de organização criminosa que envolvem o presidente Michel Temer, os ex-deputados Eduardo Cunha e Henrique Alves, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e os ministros Moreira Franco e Eliseu Padilha, todos membros do PMDB, informou o G1.

A investigação realizada pela Polícia Federal tinha como objetivo apurar se membros do PMDB da Câmara formaram uma organização criminosa para desviar recursos de órgãos públicos. Em nota, a PF informou que os “integrantes da cúpula do partido, supostamente, mantinham estrutura organizacional com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública direta e indireta. O grupo agia através de infrações penais, tais como: corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas, entre outros crimes cujas penas máximas são superiores a 4 anos”.

  • Foto: Walterson Rosa/Framephoto/Estadão ConteúdoMichel Temer Michel Temer

Agora o STF irá enviar o inquérito para a Procuradoria Geral da República que com base nessas informações poderá apresentar uma denúncia contra os acusados. A denúncia já é esperada, porque recentemente Rodrigo Janot denunciou membros do PT, do PP e do PMDB no senado.

Outro lado

A assessoria de Michel Temer divulgou nota afirmando que "o Presidente Michel Temer não participou e nem participa de nenhuma quadrilha, como foi publicado pela imprensa, deste 11 de setembro. O Presidente tampouco fez parte de qualquer 'estrutura com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública'. O Presidente Temer lamenta que insinuações descabidas, com intuito de tentar denegrir a honra e a imagem pública, sejam vazadas à imprensa antes da devida apreciação pela justiça."

A assessoria de Eliseu Padilha disse que "o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, informa que só irá se pronunciar quando e se houver acusação formal contra ele que mereça resposta”. Já o advogado de Eduardo Cunha, Délio Lins e Silva, afirmou que a “defesa nega as acusações e prestará os devidos esclarecimentos oportunamente, quando convocado pelas autoridades."

A assessoria de Moreira Franco negou as acusações. "Jamais participei de qualquer grupo para a prática do ilícito. Repudio a suspeita. Responderei de forma conclusiva quando tiver acesso ao relatório do inquérito. Lamento que tenha que falar sobre o que ainda não conheço. Isto não é democrático", afirmou.

Confira na íntegra a nota da Polícia Federal:

PF conclui inquérito do STF

Brasília/DF – A Polícia Federal concluiu na data de hoje (11/09), o inquérito 4327 do Supremo Tribunal Federal, instaurado para apurar crimes supostamente praticados pelo chamado grupo do “PMDB DA CÂMARA”, onde ficou comprovado indícios da prática do crime de organização criminosa (previsto no Artigo 1°, § 1° e Artigo 2° da lei n° 12.850/2013).

Integrantes da cúpula do partido, supostamente, mantinham estrutura organizacional com o objetivo de obter, direta e indiretamente, vantagens indevidas em órgãos da administração pública direta e indireta.

O grupo agia através de infrações penais, tais como: corrupção ativa, passiva, lavagem de dinheiro, fraude em licitação, evasão de divisas, entre outros crimes cujas penas máximas são superiores a 4 anos.

Considerando decisão que integra os autos, será encaminhada cópia integral dos autos do inquérito 4327/STF para fins de instrução do inquérito 4483/STF.

As informações se restringem à nota.

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