Wanessa Gommes
O governador Rafael Fonteles republicou, na noite dessa quinta-feira (02), em seu Twitter, uma postagem feita pelo secretário estadual da Segurança, Chico Lucas, então coordenador de sua campanha eleitoral, no dia 6 de outubro do ano passado, 4 dias depois das eleições.
Na publicação, Chico Lucas fez uma análise dos institutos de pesquisa que, segundo ele, mais acertaram e erraram o resultado das urnas que elegeu Rafael Fonteles. Ao fazer o compartilhamento, Rafael escreveu: “Memórias não são apenas recordações do que passou. Também servem de lições para quem errou deliberadamente. E que sirvam de alerta para que esses erros não se tornem práticas recorrentes que em nada contribuem para o que queremos construir em favor do Piauí e de nosso povo”.
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— Rafael Fonteles (@RafaelFonteles_) February 3, 2023
Memórias não são apenas recordações do que passou. Também servem de lições para quem errou deliberadamente. E que sirvam de alerta para que esses erros não se tornem práticas recorrentes que em nada contribuem para o que queremos construir em favor do Piauí e de nosso povo. https://t.co/fSQ0HmsPU4
Ao falar do Instituto GP1, Chico Lucas afirmou que ele saiu desmoralizado por ter “errado” com uma diferença de 16% em relação ao resultado final dos votos válidos.
Em entrevista ao Portal GP1, nesta sexta-feira (03), o coordenador do Instituto GP1, Elisvaldo Silva, considerou como “inoportuna e inadequada” a postagem do governador Rafael Fonteles. Ainda segundo ele, a pesquisa foi realizada uma semana antes da eleição, e já mostrava uma ascensão no nome do então candidato Rafael Fonteles.
“A postagem do governador foi inoportuna e inadequada. O Instituto GP1 não errou. Um pouco de esmero e bom senso bastariam para enxergar que o Instituto GP1 já mostrava Rafael Fonteles em ascensão. A pesquisa foi iniciada no sábado, dia 24 de setembro e finalizada na terça-feira, dia 27 de setembro, e, por força de lei, os números foram publicados no prazo legal, no caso, na quinta-feira, dia 29 de setembro. O candidato petista, na ocasião, já apresentava forte avanço, o que foi detectado e apresentado pela pesquisa publicada”, explicou Elisvaldo Silva.
“Em junho do ano passado, a nossa pesquisa mostrou Rafael com 23,68% das intenções dos votos. Na pesquisa do mês de agosto ele subiu para 25,59%, ou seja, já mostrando uma ascensão. Os dados desta pesquisa foram solicitados e enviados ao staff da campanha de Rafael Fonteles, na pessoa de Allisson Bacelar, então coordenador de Comunicação do Governo do Estado. Na última pesquisa, de setembro, o petista deu um salto para 37,94%, enquanto Sílvio Mendes apareceu com 38,61% o que, naquele momento, mostrava claramente um empate e já demonstrava que Rafael estava em uma crescente com grande possibilidade de vitória, o que de fato ocorreu”, exemplificou Elisvaldo Silva.
Ainda de acordo com Elisvaldo, toda pesquisa eleitoral é um retrato do momento em que foi feita, mas que não necessariamente se converterá no resultado, por vários fatores, como ele explanou.
“Muitos aspectos podem alterar o resultado, principalmente, a decisão em última hora dos indecisos que foram muitos nas últimas pesquisas do Piauí, e no resultado de urnas só tivemos 7% de nulos e brancos para governador. Ou seja, muita gente decidiu de última hora. Os últimos dias foram muito decisivos para essa mudança de cenário”, concluiu Elisvaldo.
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