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Política

Câmara aprova MP que reorganiza ministérios do Governo Lula

A medida provisória foi editada por Lula no início do seu mandato, totalizando 37 ministros na Esplanada.

A Câmara dos DeputadosCâmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (31), a medida provisória com o objetivo de reorganizar a administração do governo federal, incluindo mais 17 ministérios. A medida provisória foi editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no início de seu mandato, criando a estrutura de 37 ministros na Esplanada, com 31 ministérios e seis órgãos com status de ministério.

O placar da votação de ontem registrou 337 deputados favoráveis, 125 contrários e uma abstenção. Agora, a MP precisa ser aprovada pelo Senado Federal até o dia 1º de junho, quando perderá a validade. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, agendou uma sessão para esta quinta-feira (1º) para analisar a medida provisória.

Articulações e jogos políticos

Antes da sessão parlamentar, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez duras críticas à movimentação política do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os deputados federais, insinuando que a abordagem do governo era ofensiva. O deputado alagoano também afirmou que existe uma "insatisfação geral" com a base governista e destacou a "inanição" e a falta de articulação política por parte do governo. Ele enfatizou que, se a MP não fosse aprovada, a culpa seria do governo e não da Câmara.

Foto: InstagramDeputado Federal Arthur Lira (PP)
Deputado Federal Arthur Lira (PP)

Caso a MP fosse rejeitada, o governo enfrentaria uma séria crise política, resultando na demissão repentina de 17 ministros. Há uma pressão dos partidos do Centrão, especialmente do PP e Republicanos, para obterem maior espaço no governo e integrarem a composição ministerial de Lula. Parlamentares das legendas ligadas a Lira demonstram insatisfação devido à "falta de reconhecimento" do governo em relação à aprovação de pautas lideradas pelo poder Executivo.

"Se não houver votos, acredito que a matéria sequer será votada. O presidente da Câmara não é líder do governo nem da oposição, muito menos um presidente que recebeu os votos que recebi. Tenho alertado o governo sobre a falta de pragmatismo na resolução dos problemas. Não é possível que vocês não reconheçam isso. Vamos agora conversar com os líderes. Surpreendentemente, são partidos de oposição e independentes que estão votando nas matérias do governo. Trata-se de uma matéria de organização do governo que, se bem-sucedida, parabenizo. Só não posso ser responsável por um resultado positivo ou negativo", declarou Lira.

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