A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que institui 14 de março como o Dia Marielle Franco, em alusão ao dia Nacional das Defensoras e Defensores de Direitos Humanos. A data escolhida marca o dia em que a vereadora do Rio de Janeiro e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 2018.
O projeto, de autoria do ex-deputado David Miranda e outros deputados do Psol, foi aprovado nessa segunda-feira (26) e segue agora para a votação no Senado.
Críticas da oposição
Na votação, parlamentares da oposição criticaram o fato de a proposta citar nominalmente a ex-vereadora Marielle Franco. Eles alegaram que outras pessoas, a exemplos de policiais mortos em serviço, não receberam homenagens. O deputado Sargento Gonçalves (PL) disse que “a ideia para se comemorar o dia dos defensores é muito bacana. Mas decidiram colocar o nome do dia com o de uma militante da esquerda". Já o deputado Luiz Lima (Novo) citou Tim Lopes e questionou o porquê ele não dá nome ao projeto de lei.

Em resposta, Chico Alencar, deputado do Psol, relembrou outras leis com nomes dos homenageados, a exemplo do Dia Nacional da Poesia – Carlos Drummond de Andrade e o Dia Nacional da Saúde – Oswaldo Cruz. "Agora o Dia Marielle Franco não pode por razão meramente partidária, ideológica no sentido apequenado da palavra, do preconceito e do ódio a quem é defensor dos direitos humanos", afirmou o parlamentar. Ainda segundo Chico Alencar, não se pode politizar um dia que deveria servir para garantir que todos os cidadãos são iguais.
A relatora da proposta, deputada Benedita da Silva (PT), explicou que a data simboliza o reconhecimento institucional do papel dos defensores dos direitos humanos, lembrando ainda que Marielle Franco era defensora de viúvas de policiais assassinados.
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