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Política

Lula critica ONU e defende moeda comum para o BRICS

Em reunião do Banco do BRICS, afirmou ‘não é capaz de fazer um acordo de paz para impedir o genocídio’.

Nesta sexta-feira (4), em reunião do Banco do BRICS, que foi realizado no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), fez críticas à atuação da ONU no conflito Israel-Palestina, destacando que falta avanços concretos para a criação do Estado Palestino.

Além de apontar uma crise global de liderança, o presidente ainda questionou a relevância das Nações Unidas atualmente. “Nunca vi o mundo tão carente de lideranças políticas como hoje”, disse Lula. “Há muito tempo não via nossa ONU tão insignificante como se apresenta hoje.”

Foto: Ricardo StuckertLuiz Inácio Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva

O presidente ainda falou sobre ações militares em Gaza, e chamou-as de genocídio. “Uma ONU capaz de criar o Estado de Israel não é capaz de criar o Estado Palestinos, não é capaz de fazer um acordo de paz para impedir o genocídio de mulheres e crianças em Gaza”, afirmou.

Moeda comum

Ao finalizar o seu pronunciamento, o presidente ainda defendeu a criação de uma moeda comum para transações comerciais entre os países do Brics: “É por isso que a decisão de vocês de uma nova moeda de comércio é extremamente importante”.

“Tem problemas eu sei, mas não encontramos uma nova fórmula, terminares o século 21 como terminamos o 20. E isso não será benéfico para a humanidade”, disse o petista.

Críticas a Israel

No dia 5 de junho, em visita oficial á França, o presidente voltou a criticar a atuação de Israel em Gaza, na ocasião classificou as atitudes como “genocídio premeditado” e “um massacre de civis”.

Ainda afirmou que a situação não se trata de uma guerra, mas de um “genocídio promovido por um Exército altamente preparado contra mulheres e crianças”.

Em 1º de junho, o governo brasileiro emitiu uma nota oficial condenando a autorização de Israel para a criação de 22 novos assentamentos na Cisjordânia, território disputado por israelenses e palestinos.

A decisão de Israel, de acordo com a nota do Palácio do Planalto, “constitui flagrante ilegalidade perante o direito internacional”.

No dia 26 de maio, o presidente ainda fez novas acusações de abuso contra o governo israelense, após ataque aéreo na Faixa de Gaza, resultando na morte de nove filhos da médica palestina Alaa Al-Najjar.

Lula ainda classificou o ataque como “vergonhoso e covarde”. “A morte de nove dos dez filhos da médica palestina é mais um ato vergonhoso e covarde”, escreveu Lula nas redes sociais.

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