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Saúde

Entenda mais sobre a bactéria modificada que transforma plástico em analgésico

Uma pesquisa usou a bactéria Escherichia coli, que foi alterada geneticamente para metabolizar compostos.

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, desenvolveram uma tecnologia inovadora que pode ajudar a enfrentar dois grandes desafios ambientais: a poluição causada por plásticos e a dependência de combustíveis fósseis na fabricação de medicamentos. Em estudo publicado na segunda-feira (23) na revista Nature Chemistry, os cientistas revelaram que conseguiram transformar resíduos plásticos do tipo PET (tereftalato de polietileno) em paracetamol, um dos analgésicos mais utilizados no mundo, utilizando bactérias geneticamente modificadas.

A pesquisa usou a bactéria Escherichia coli, que foi alterada geneticamente para metabolizar compostos derivados do PET. Inicialmente, o plástico é degradado quimicamente, gerando moléculas que são processadas pela bactéria. Com o uso de fosfato como catalisador, esses compostos são convertidos em uma substância orgânica contendo nitrogênio, que é, posteriormente, transformada no princípio ativo do paracetamol.

Foto: DivulgaçãoBactéria Escherichia coli
Bactéria Escherichia coli

O método se destaca pela sustentabilidade e eficiência: todo o processo pode ser realizado em até 24 horas, em um laboratório de pequeno porte, operando à temperatura ambiente, sem necessidade de grandes gastos de energia para aquecer ou resfriar os materiais. A taxa de conversão alcança 92%, o que torna a técnica promissora para produção em escala.

A inovação envolve a adaptação do chamado rearranjo de Lossen uma reação química descrita em 1872, para ocorrer dentro de células vivas, tornando o processo compatível com sistemas biológicos.

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