O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu o inquérito policial que apurava a morte do sargento reformado da Polícia Militar do Piauí, João de Deus Teixeira dos Santos, e indiciou o soldado Raimundo Linhares da Silva, da Polícia Militar do Maranhão, por homicídio qualificado, por motivo fútil.
A conclusão do inquérito foi assinada pelo delegado Danúbio Dias, na última quinta-feira (22).
À Coluna, o diretor do DHPP, delegado Francisco Costa, o Barêtta, afirmou que todo o trabalho da Polícia Judiciária foi finalizado, inclusive, com a reconstituição dos fatos, que aconteceram no dia 05 de novembro de 2024, no Parque Sul, zona sul de Teresina, e agora caberá à Justiça dar andamento ao procedimento relatado pela Polícia Civil.
“O caso foi muito bem apurado, presidido pelo delegado Danúbio Dias, titular da 2ª Delegacia de Homicídio na capital. Esse fato ocorreu no dia 5 de novembro de 2024, onde os dois envolvidos, coincidentemente policiais militares, um sargento da Polícia Militar do Piauí e outro policial militar do Maranhão, se envolveram em uma briga, uma discussão, porque o outro colocou o carro estacionado à frente da casa, onde eles moram próximos um do outro. Isso foi o suficiente para que, segundo consta no depoimento do policial militar do Maranhão Raimundo Linhares, de que o sargento João de Deus dos Santos, que é policial militar do Piauí, não tivesse gostado. Eles conversaram, inicialmente, mas o sargento João de Deus pegou o carro e abalroou contra o carro do policial do Maranhão. Quando o Linhares ele viu o carro danificado, e isso foi constatado em exame pericial, ele simplesmente foi tomar satisfação. Nesse momento, o soldado Linhares disse que foi adentrar ao carro, mas foi recebido a bala, segundo a versão dele”, explicou o delegado Barêtta.

Reprodução simulada
O diretor do DHPP ressaltou que, após análise dos depoimentos das testemunhas, bem como do laudo produzido pelo Departamento de Polícia Científica, que realizou a reprodução simulada do caso, a autoridade policial concluiu pelo indiciamento do soldado da Polícia Militar do Maranhão por homicídio qualificado, por motivo fútil.

“Foram ouvidas testemunhas nos autos, requisitada perícia, contudo, não ficou bem clara a dinâmica. Então foi requisitado um exame pericial, que é a reprodução simulada dos fatos, que é a chamada reconstituição do crime, e lá os peritos avaliaram a trajetória, o trajeto e o ângulo de inclinação do disparo no carro de ambos e, também, no tiro que atingiu a cabeça do sargento João de Deus. O tiro foi proveniente da arma empunhada pelo policial militar do Maranhão. Então, diante de todo alinhamento do apuratório contido no ventre do caderno investigatório, o delegado de polícia Danúbio Dias indiciou por homicídio qualificado, por motivo fútil, o policial militar do estado do Maranhão, Raimundo Linhares da Silva. A defesa pode até alegar que houve uma legítima defesa, porque houve um disparo de ambos os lados, mas nós, da Polícia Civil, nos centramos no fato típico e antijurídico, porque os elementos da culpabilidade ou consciência do ato que está praticando são elementos da culpabilidade e isso aí fica a cargo do Judiciário e do Ministério Público. Agora, cabe ao Ministério Público a sua manifestação. Ele vai denunciar, vai pedir o arquivamento ou ele vai pedir novas diligências? Se denunciado, o juiz também vai analisar a denúncia, se ela está de acordo com a lei, com os elementos assim constitutivos para receber e levar à instrução criminal", explicou o delegado Barêtta.
Rapidinhas
DRACO vai ampliar investigações após depoimento de Lokinho
O influencer Lokinho, conduzido para a sede do DRACO, em uma operação que terminou com a prisão de Lalazinha, foragida da Operação Faixa Rosa, concedeu informações importantes durante seu depoimento como testemunha na última sexta-feira (23). Ele declinou os nomes dos organizadores do evento que reuniu vários influenciadores digitais e destacou que cada um dos convidados receberia 50g de drogas para consumo durante a festa.
A informação corroborou com os levantamentos já realizados pela Polícia Civil do Piauí, que vai intensificar as investigações, a fim de identificar o envolvimento dos organizadores do evento com organizações criminosas.
Polícia Federal apreende R$ 1,2 milhão no aeroporto de Brasília
A Polícia Federal, durante fiscalização de rotina no Aeroporto Internacional de Brasília, prendeu em flagrante três passageiros provenientes da cidade de Manaus-MA, por crime de lavagem de dinheiro.
Conforme a PF, os indivíduos transportavam quantia de dinheiro em espécie, cuja soma ultrapassa R$ 1,2 milhão. Diante dos fatos, as investigações serão aprofundadas, visando a possível ampliação do rol de crimes, tendo em vista que os passageiros não declinaram a origem, bem como o destino do dinheiro apreendido em cédulas de R$ 200,00.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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