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Colunista Feitosa Costa
GP1

Até quando o Brasil será complacente com aqueles que contaminam as instituições?


Os brasileiros têm sido complacentes com suas autoridades envolvidas em trapalhadas. Assumem um comportamento que vai na contramão da história. Fornecem sinais de que pouco se preocupam com a conduta correta daqueles que os representam.

Brasília está repleta de maus exemplos, para falar apenas daqueles que circulam com impressionante desenvoltura e a cara de pau de quem carrega nos casacos uma série de processos por corrupção e até por assassinato.

A benevolência com essa gente é impressionante e causa revolta em todos os setores das decisões do país. Não existem instituições livres de manchas, patrocinadas por sujeitos que estranhamente conseguem a solidariedade de seus pares. É o retrato de um sistema contaminado.

Longe de entender como as coisas realmente funcionam, as famílias de bem tentam formar seus filhos, colocando-os para estudar, para passar em concurso e vencer na vida. No caminho do bem sempre aparece um capeta para fraudar as regras, convencido de que dificilmente terá a punição merecida.

O pior de tudo é que as esperanças em grupos que historicamente pregaram a ética, a moral, a honestidade e as práticas republicanas, se dissiparam em função de comportamentos totalmente contrários uma vez no poder. Agora está todo mundo nivelado. Não existe na política, por exemplo, partidos que não tenham em suas hostes indivíduos enrolados, acusados de desvios e até de furto da coisa pública.

O corporativismo prevalece vergonhosamente, acobertando verdadeiros criminosos que atrasam o desenvolvimento do país

O Judiciário, que em regimes democráticos é a trincheira dos cidadãos, leva anos para punir um criminoso de paletó e gravata. Basta observar o número de gestores acusados de corrupção que conseguem uma tal de liminar para continuar sangrando os cofres públicos.

Certamente imaginam os setores que deveriam ser responsáveis pela manutenção de práticas republicanas que a população assistirá a esse deprimente espetáculo o tempo todo sem tomar uma atitude. Mais cedo ou mais tarde a ira da população que já compreendeu como o jogo é jogado no poder vai se materializar.

O Brasil caminha para um território muito perigoso. Os presídios vociferam praticamente todos os dias ordens desmoralizadoras das instituições. Os menores cooptados pelas organizações têm um estatuto que lhes permite promover a barbárie enquanto os demagogos encontram causas imaginárias e os consideram pequenos "revolucionários", "oprimidos por uma sociedade desigual que tem que investir em educação".

No momento, a única saída que vejo lá no fundo, é a população se conscientizar, independentemente de propostas e práticas eleitoreiras, e banir da vida pública os oportunistas que espreitam os corredores do poder.

A arma continua sendo o voto!

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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