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Colunista Herbert Sousa (in memory)
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Maior inimigo do presidente Jair Bolsonaro não é o PT, é o DEM


Quase extinto por Lula, o DEM ressurgiu com força total na gestão de Jair Bolsonaro. O partido detém os ministério da Agricultura, Saúde e Casa Civil. A agremiação comanda a presidência da Câmara com Rodrigo Maia e a presidência do Senado com Davi Alcolumbre.

Mesmo com todo esse poder no Governo, o DEM é o maior opositor à gestão do presidente Jair Bolsonaro.

Na Câmara, Rodrigo Maia comanda o Centrão – grupo organizado por deputados que praticam o ‘toma lá dá cá’ – e impõe diariamente derrotas ao Governo. Maia critica abertamente o presidente Bolsonaro. Disse recentemente em entrevista a Veja que “o presidente tem uma agenda muito voltada para os segmentos da sociedade que o levaram ao Palácio do Planalto. Ele fala a nichos bem específicos. Fala ao caminhoneiro, ao pessoal das armas, aos evangélicos, aos militares. Foca muito esses temas que são mais do cotidiano e não olha para uma agenda de longo prazo”, criticou Maia.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRodrigo MaiaRodrigo Maia

“[A sociedade] está preocupada com o desemprego, a conta de luz, a violência nos bairros. A gente precisa ter responsabilidade com a recomposição dos serviços públicos e a geração do emprego. É essa a intenção da agenda que está sendo proposta pelo Congresso”, disparou.

Na verdade, Rodrigo Maia está no DEM por conveniência. Ele tem origem esquerdista, fruto da relação do pai César Maia, com o comunista Leonel de Moura Brizola. Rodrigo jamais será aliado de Bolsonaro e do seu Programa de Governo. Enquanto Maia presidir a Câmara, Jair Bolsonaro não vai governar. O país vai continuar em turbulência política, lamentavelmente.

No Senado, Davi Alcolumbre foi eleito presidente da Casa com o apoio inconteste do ministro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Alcolumbre deve sua eleição ao governo Bolsonaro, mas não reconhece, pelo contrário, uniu-se a Rodrigo Maia para impor derrotas aos projetos de interesse do Governo. A última, o Decreto de Armas foi derrotado no Plenário do Senado com o apoio explícito do senador amapaense.

Cabe uma indagação: por que o presidente Bolsonaro mantém ainda os espaços no Governo para o DEM?

Armação para inviabilizar Bolsonaro até 2022

Rodrigo Maia e David Alcolumbre tramam para continuarem nos comandos das presidências da Câmara e do Senado, respectivamente. Parlamentares do Centrão avaliam, nos bastidores, a possibilidade de apresentar uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para permitir reeleições ao comando do Legislativo, sem qualquer limitação.

Materializando-se essa armação, dou um aviso antecipado a Jair Bolsonaro: sua Presidência acabou!

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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