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Campanha que não emociona, não engaja. Campanha que não arrisca, não conquista

As campanhas que vão vencer em 2026 não serão as mais caras. Serão as mais ousadas.

O jogo político mudou. E quem ainda acha que vai vencer eleição só com santinho, jingles reciclados e frases genéricas, já perdeu. O eleitor de hoje está mais exigente, mais crítico e mais conectado do que nunca. Ele não vota mais por inércia — vota por identificação. E a identificação nasce da coragem de comunicar diferente.

Não dá mais pra fazer campanha com medo. Não dá pra ter receio de ser criativo, de ousar, de sair do script. O que vemos hoje são campanhas que parecem feitas por IA sem alma: frias, previsíveis, sem identidade. E o resultado? Candidatos que falam, mas não são ouvidos. Que aparecem, mas não ficam. Que prometem, mas não mobilizam.

Criatividade com propósito é o novo diferencial competitivo na política. E não estamos falando de firulas visuais. Estamos falando de narrativas que arrepiam. De vídeos que viralizam porque dizem o que o povo sente, mas ninguém tem coragem de falar. De símbolos, cores, frases, gestos que criam vínculo emocional.

O eleitor quer sentir verdade. Quer olhar nos olhos de um candidato e ver coragem. Quer uma campanha que fale com o coração, sem deixar a razão de lado. Uma comunicação que reflita os dilemas reais, que desafie o senso comum e que mostre: “esse cara pensa como eu”.

Mas isso exige confiança criativa. Exige abandonar o medo do julgamento, da crítica, do erro. Exige sair da bolha e ter sensibilidade para captar o que está pulsando nas ruas, nos bairros, nas redes sociais. Exige uma equipe que entenda que comunicação política não é sobre agradar todo mundo — é sobre impactar quem importa.

As campanhas que vão vencer em 2026 não serão as mais caras. Serão as mais ousadas. As que tiverem coragem de fazer diferente, de falar direto, de construir um movimento, não uma candidatura. Serão as que trocarem o “marketing político tradicional” por estratégia emocional, narrativa potente e criatividade com coragem.

Campanha não é vitrine de currículo. É palco de sentimento.
Quem entende isso, toca o povo. Quem não entende, vira estatística.

José Trabulo Júnior - Publicitário, criador da X Conexões  Estratégicas

Quer contribuir com ideias? Mande seu e-mail: t.j@uol.com.br

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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