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O PT não acredita na eleição do deputado federal Antonio José Medeiros para o Senado


Heráclito e Mão Santa nunca mais!

A pré-candidatura do deputado federal Ciro Nogueira Filho(PP) ao Senado, na chapa do senador João Vicente Claudino(PTB), é uma estratégia armada no Palácio do Planalto para o Piauí e nos estados onde o PT tem dificuldades com senadores de oposição. A mesma coisa está ocorrendo no Ceará, para derrotar Tasso Jereissati (PSDB); no Rio Grande do Norte, com José Agripino Maia (DEM) e no Amazonas, com Artur Virgílio (PSDB).

Em curso, a antiga idéia do próprio presidente Lula para deixar Dilma Rousseff (caso seja eleita) livre dos senadores Heráclito Fortes e Mão Santa. O PT não acredita na eleição do deputado federal Antonio José Medeiros para o Senado. O partido dá como certa, apenas, a vitória de Wellington Dias. Por isso, está estimulando a candidatura de Ciro Nogueira, tendo como 1º suplente o empresário João Claudino Fernandes, pai do senador João Vicente.

Na avaliação dos petistas, mesmo estando em 3º lugar nas pesquisas, Heráclito Fortes é perigoso e sabe trabalhar e pode reverter o quadro, como fez em 2002. O PT não acredita na reeleição de Mão Santa. Restando apenas uma vaga, porque já tem Wellington Dias como senador eleito, quer a segunda vaga para um aliado.

O jornal Folha de S. Paulo de ontem informa que, amanhã, o presidente Lula desembarca em Fortaleza. Ele quer desmanchar um acordo branco feito pelo governador Cid Gomes (PSB) e o senador Tasso Jereissati (PSDB). Lá, diz a reportagem, a chapa do governador tem como vice um petista, mas para o Senado apenas um nome, o peemedebista Eunício Oliveira. Não haverá um segundo candidato, para facilitar a reeleição de Jereissati.

Lula vai dizer ao governador cearense que a segunda vaga tem que ser preenchida com um nome do PT. E esse nome é do piauiense José Pimentel, deputado federal e ex-ministro da Previdência. Se o governador não aceitar, o PT cai fora da aliança governista e vai se compor com outras siglas.

Em outras palavras, o Palácio do Planalto não se contenta apenas em eleger a ex-ministra Dilma Rousseff como sucessora de Lula. Quer derrotar a qualquer custo os senadores que incomodaram Lula nos oito anos de seus dois mandatos. Resta saber se o eleitor vai concordar com a estratégia palaciana. (Colaborou Pedro Alcântara)

*Zózimo Tavares é editor chefe do Diário do Povo

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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