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Brasil

Viagens internacionais do Governo Lula somam R$ 63 milhões

O secretário de Petróleo e Gás Natural, Pietro Mendes, gastou R$ 246 mil em viagem a Abu Dhabi e Riad.

As viagens internacionais realizadas por integrantes do Governo Federal já somam R$ 63 milhões aos cofres públicos. Apenas as 20 viagens mais caras representaram um gasto de R$ 2,5 milhões. Duas delas ultrapassaram, sozinhas, os R$ 200 mil.

O secretário de Petróleo e Gás Natural, Pietro Mendes, gastou R$ 246 mil em uma viagem a Abu Dhabi e Riad — R$ 229 mil só com passagens. Já o ministro do Itamaraty, Bernard Klingl, foi convocado com urgência pelo Senado para sabatina e desembolsou R$ 206 mil em sua viagem, sendo R$ 202 mil em bilhetes aéreos.

Até a primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja, aparece na lista. Ela esteve em Paris para a Cúpula de Nutrição para o Crescimento, em março. A ida custou R$ 60 mil em passagens, pagas pelo governo. Em fevereiro, Janja também participou de agendas em Roma com a comitiva do ministro Welington Dias, o que gerou mais R$ 34 mil em passagens.

Representações e agendas internacionais

Carlos Menezes Sobral, secretário de Investimentos no Turismo, representou o Ministério do Turismo na inauguração do maior terminal de cruzeiros do mundo, em Miami. Ele também esteve em Livingstone, na Zâmbia. A missão custou R$ 142 mil.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Oliveira, esteve em Abu Dhabi e Riad, onde participou de fóruns sobre transição energética e minerais estratégicos. O custo da viagem foi de R$ 124 mil. Em abril, ele esteve na China (Shenzhen e Xangai), como debatedor no Summit Valor Econômico, visitando ainda empresas como Huawei e BYD. A nova missão somou mais R$ 124 mil, sendo R$ 112 mil em passagens.

A ministra Tatiana Rosito presidiu reuniões dos Brics em Cape Town e de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais. A viagem custou R$ 124 mil, com R$ 115 mil em passagens. A diplomata Renata Rossi foi a Roma e Moscou, para o funeral do Papa Francisco e os 80 anos da vitória aliada na Segunda Guerra. O total da viagem: R$ 120 mil.

A secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, esteve em Hong Kong e Xangai, integrando missão científica da USP para ampliar parcerias com instituições chinesas. A viagem custou R$ 107 mil, sendo R$ 92 mil em passagens. Ana Estela é esposa do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Já o ministro do Turismo, Celso Sabino, participou da Feira Internacional de Turismo (Fitur), em Madri. O custo da missão foi de R$ 92,6 mil, com R$ 79,7 mil destinados às passagens.

Cidades mais visitadas

Paris lidera a lista das cidades mais visitadas por autoridades brasileiras, com R$ 3,9 milhões em gastos — R$ 2 milhões em passagens. Genebra aparece em segundo lugar, com R$ 3,16 milhões, sendo R$ 2 milhões em diárias.

Washington foi destino de R$ 3 milhões em despesas, metade em passagens. Já Nova York, R$ 2,6 milhões. As idas a Madri somaram R$ 2,4 milhões; para Roma, R$ 2 milhões. Londres e Lisboa custaram R$ 1,7 milhão cada. Pequim (R$ 1,6 milhão), Xangai (R$ 1,5 milhão), Abu Dhabi (R$ 1,2 milhão), Berlim (R$ 1,3 milhão) e Buenos Aires (R$ 1,4 milhão) também estão na lista.

Justificativas dos ministérios

O Ministério da Saúde afirmou que as viagens de Ana Estela Haddad foram missões oficiais com foco na cooperação internacional para a saúde digital, especialmente no projeto do primeiro Hospital Inteligente do Brasil. O órgão ressaltou que todas as autorizações seguiram os critérios de interesse público e os valores foram calculados conforme o Sistema de Concessão de Diárias e Passagens (SCDP).

O Itamaraty justificou os valores altos das passagens afirmando que, de acordo com o Decreto 71.733/1973, ministros e servidores em cargos de confiança podem viajar em classe executiva em voos internacionais com mais de sete horas de duração. A pasta também citou fatores como o número de conexões, duração total dos deslocamentos e proximidade das datas como motivos para os custos elevados.

Segundo o Itamaraty, por exemplo, a embaixadora Maria Laura da Rocha teve um deslocamento de 70 horas entre Turquia e Japão, com oito trechos aéreos. Já a viagem do embaixador Bernard Klingl durou 88 horas, com seis trechos, dificultados por restrições de voos à Belarus, sob sanções da União Europeia. No caso da diplomata Renata Rossi, o valor foi impactado por alterações de rota após o falecimento do Papa Francisco.

O Ministério do Turismo explicou que Carlos Sobral representou o ministro em viagens longas — mais de 8 horas para Miami e 25 para a Zâmbia — e, por ocupar função FCE-17, teve direito a passagens executivas. Em Madri, o Brasil foi homenageado como país destaque na Fitur, ocupando um pavilhão de 308 m² com 37 coexpositores. A agenda também incluiu reuniões bilaterais com países como Chile, Congo e República Dominicana.

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