O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter, nesta quinta-feira (19), a prisão preventiva do coronel Marcelo Câmara, após a realização da audiência de custódia. Câmara, que foi um dos principais assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é réu no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Na decisão, Moraes apontou que o militar e seu advogado, Eduardo Kuntz, tentaram obter informações sigilosas sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A defesa informou que irá recorrer da decisão na próxima segunda-feira (23), alegando ilegalidade na prisão e pedindo a libertação imediata de Câmara.

O coronel já havia sido preso anteriormente, mas obteve liberdade provisória em 16 de maio de 2024, mediante o cumprimento de medidas cautelares. Entre elas, estavam a proibição de uso de redes sociais e de contato com outros investigados, inclusive por terceiros.
Na última terça-feira (17), o advogado de Câmara protocolou no STF gravações de conversas que teria mantido com Mauro Cid a respeito da delação, além de pedir a anulação do acordo firmado por Cid. Segundo a defesa, os contatos começaram em janeiro de 2023 e foram retomados em março de 2024, com interações pelo Instagram e uma reunião presencial em 7 de março.
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