O déficit em transações correntes do Brasil foi de US$ 2,245 bilhões (R$ 12,8 bilhões) em março, resultado melhor do que o esperado pelo mercado, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (28) pelo Banco Central (BC). Em 12 meses, o déficit acumulado representa 3,21% do Produto Interno Bruto (PIB). A projeção dos especialistas apontava para um saldo negativo de US$ 2,950 bilhões (R$ 16,8 bilhões) no mês.
Em comparação com março de 2024, quando o déficit foi de US$ 4,087 bilhões (R$ 23,2 bilhões), houve uma redução significativa. No período, a balança comercial registrou superávit de US$ 7,637 bilhões (R$ 43,4 bilhões), superando o superávit de US$ 6,352 bilhões (R$ 36,1 bilhões) anotado no mesmo mês do ano passado. O resultado comercial foi impulsionado pelo aumento das exportações e pela desaceleração das importações.

Os investimentos diretos no país somaram US$ 5,990 bilhões (R$ 34,1 bilhões) em março, abaixo dos US$ 8,529 bilhões (R$ 48,5 bilhões) previstos pelo mercado e dos US$ 10,236 bilhões (R$ 58,2 bilhões) observados em março de 2024. A queda nos investimentos diretos chama atenção em um momento de busca por recuperação econômica e estabilidade.
A conta de renda primária, que inclui remessas de lucros, dividendos e pagamentos de juros, teve déficit de US$ 5,781 bilhões (R$ 32,9 bilhões) em março, número inferior ao rombo de US$ 6,675 bilhões (R$ 38 bilhões) registrado no mesmo período do ano anterior. A redução no déficit de renda primária indica menor envio de recursos ao exterior.
Já a conta de serviços teve déficit de US$ 4,352 bilhões (R$ 24,8 bilhões), superior ao déficit de US$ 3,893 bilhões (R$ 22,1 bilhões) de março de 2024. O crescimento do déficit em serviços foi influenciado principalmente pelo aumento de gastos com viagens internacionais e serviços profissionais.
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