Após o ataque hacker que desviou R$ 541 milhões de um banco de São Paulo, ao menos 29 empresas foram beneficiadas pelas transações via PIX efetuadas. Os nomes dos supostos beneficiários foram encaminhados à Polícia Civil do estado, que investiga o caso, pela BMP Sociedade de Crédito LTDA, alvo dos ataques na madrugada da última segunda-feira (30/7).
Cifras entre R$ 200 mil e até R$ 271 milhões foram desviadas pelas 166 transações. As transferências ocorreram após a invasão ao sistema da empresa terceirizada C&M Software (CMSW), que é contratada para operar transações financeiras em nome do BMP.

A Polícia Civil prendeu, na quinta-feira (3), o homem suspeito de facilitar o ataque cibernético. João Nazareno Roque é funcionário da empresa de tecnologia e, conforme sua confissão teria vendido, por R$ 15 mil, a senha da máquina que deu acesso ao sistema sigiloso para os hackers efetuarem as transações via PIX.
Ainda de acordo com o preso, em meados do mês de março, foi aliciado pelo grupo hacker, após uma abordagem feita por um homem quando saía de um bar na cidade próximo à sua residência. O suposto aliciador sabia que o técnico atuava em um setor da C&M com acesso ao sistema de pagamento.
João Nazareno Roque também disse que foi abordado uma segunda vez pelo WhatsApp para que criasse um login e senha para acessar a estrutura de pagamentos via PIX da C&M. Para não deixar rastros, o técnico trocou de telefone celular diversas vezes.
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