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Eleições 2022

Mantida condenação da TV Piquí por postagem contra Joel Rodrigues

Ângelo de Carvalho havia sido condenado a pagar multa de R$ 5 mil por uma postagem na TV Piquí.

O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) negou, por unanimidade, recurso interposto por Benedito Ângelo de Carvalho Avelino, da “TV Piquí”, condenado após fazer publicação no Instagram contra Joel Rodrigues, candidato a senador pelo Progressistas. A decisão foi proferida em sessão realizada nesta quarta-feira (17).

Ângelo de Carvalho foi condenado a pagar multa de R$ 5 mil por publicar um vídeo com uma montagem de imagens de Joel Rodrigues. Segundo o diretório estadual do Progressistas, autor da ação, a publicação “trazia inverdades sobre a elegibilidade daquele, bem como ofensas a sua honra através de expressões injuriosas, de nítido teor discriminatório e racista”.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Joel Rodrigues
Joel Rodrigues

A condenação foi proferida pelo juiz Agliberto Gomes Machado, que também determinou a retirada da postagem da rede social. Ângelo de Carvalho, contudo, recorreu da sentença e ingressou com recurso, alegando “inexistência de prova de pedido explícito de não voto e que a condenação de multa é inaplicável por propaganda negativa”.

O juiz Agliberto Gomes Machado, relator do recurso, votou pelo improvimento, por entender que houve propaganda negativa contra Joel Rodrigues, sem qualquer prova de que ele estaria inelegível.

“O debate político pode admitir acusações de má gestão de obras públicas, indicar que o pré-candidato tem ações penais ou cíveis contra si, pois isso é liberdade de expressão. Não pode, entretanto, jogar palavras depreciativas divorciadas da realidade ou que não possa demonstrar”, colocou o magistrado.

Diante disso, os juízes do TRE seguiram o relator e negaram, por unanimidade o provimento do recurso.

Outro lado

Procurado pelo GP1 na noite desta quarta-feira (17), Ângelo de Carvalho afirmou, por meio de nota, que o conteúdo da publicação em questão era de humor, sem ofensa pessoal contra Joel Rodrigues.

Leia na íntegra a nota:

Não vou negar que já sabia que o povo do Silvio Mendes, Ciro Nogueira e Bolsonaro iriam me perseguir quando eu começasse a fazer perguntas fortes a eles e que movimentasse as redes sociais mostrando mazelas dos mesmos e suas mancadas na campanha, mas confesso que não imaginava que eles baixariam tanto o nível a ponto de tentar manipular a justiça, fazendo uma alusão descabida, buscando me relacionar a um fato sem qualquer nexo. Todo mundo sabe que o nome “saruê” ficou eternizado no Brasil pelo personagem do ator Antônio Fagundes, em novela da rede Globo.

A música que se refere ao nome, em nada se refere a negritude ou qualquer coisa semelhante. A intenção ali foi unicamente relacionar o candidato a um modelo de política coronelista, onde ele era prefeito de uma cidade e se utilizou do cargo para se projetar politicamente e buscar alçar um voo muito mais alto do que estava racionalmente previsto a ele.

Qual o pecado disso?

Fiz humor, como sempre faço. Com acidez, mas sem ofensa pessoal. Se o objetivo é me atingir, intimidando minha atividade, pois o resultado está sendo o contrário. Sabendo que Silvio Mendes (que já me agrediu até fisicamente) e Ciro Nogueira, que tenta me calar com processos, vou agora reforçar minha segurança pessoal e continuar meu trabalho, fazendo as perguntas que ninguém tem coragem de fazer a eles.

Já pro outro candidato, o Rafael Fonteles, ele já está bem servido, pois o repórter Efrém Ribeiro, contratado da empresa web do ministro, já se dispõe a ir na cola dele, todo dia, também fazendo as perguntas que outros não fazem.

Encerro dizendo: “Só no Piauí que usar música que faz analogia a coronel de novela vira injúria racial”.

Vamos em frente, Piauí!

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