O PT avalia abrir mão de candidaturas próprias aos governos de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro para garantir alianças competitivas e fortalecer a campanha de reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. Juntos, os três estados concentram 63,9 milhões de eleitores, cerca de 41% do eleitorado brasileiro, tornando-se estratégicos para o segundo turno. Em São Paulo, o partido negocia com o PSB, que pode lançar o ministro Márcio França contra Tarcísio de Freitas (Republicanos). Em Minas, a aliança seria com o PSD, enquanto, no Rio, o PT pressiona o prefeito Eduardo Paes (PSD) por compromissos com o "campo democrático".
O PT prefere o ministro Fernando Haddad como candidato em São Paulo, mas ele resiste à ideia. França, por enquanto, é a opção viável, mesmo estando atrás de Tarcísio nas pesquisas. No levantamento do Instituto Paraná Pesquisas, o governador aparece com 46,5% das intenções de voto, contra 11,9% do ministro.

Já em Minas Gerais, o PT busca apoio ao senador Rodrigo Pacheco (PSD) ou ao ministro Alexandre Silveira (PSD), mas Pacheco ainda não demonstra interesse firme na disputa. A preocupação petista aumentou após derrotas em redutos tradicionais, como o Vale do Jequitinhonha, nas eleições de 2024.
No Rio de Janeiro, o PT condiciona o apoio a Eduardo Paes a garantias de uma campanha alinhada a Lula. Paes lidera as pesquisas com 57% dos votos válidos, contra 10,4% de Rodrigo Bacellar (União Brasil).
O PT quer o ex-prefeito de Maricá, Fabiano Horta, como vice de Paes, e a deputada Benedita da Silva (PT) no Senado. A estratégia visa ampliar a capilaridade da campanha presidencial no estado, onde 59,9% dos eleitores reprovam o governo Lula, segundo o Instituto Paraná Pesquisas.
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