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Jogadores combinavam manipulação de jogos em grupo "Lula 13", diz MP-GO

Espaço foi criado dias após as eleições presidenciais de 2022 e continha jogadores do Sampaio Corrêa.

Um grupo de WhatsApp denominado “Lula 13” era utilizado por cinco jogadores do Sampaio Corrêa para combinarem detalhes de apostas e manipulação de resultados nos jogos da Série B. A informação foi divulgada pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

O espaço digital foi criado em novembro de 2022, dias após a eleição de Lula para a presidência. O MP encontrou conversas no celular do lateral Matheusinho, um dos membros mais ativos do grupo, que atualmente atua no Cuiabá. Nas mensagens, o jogador é elogiado por companheiros por ter cometido um pênalti no jogo Sampaio Corrêa x Londrina, que terminou 2 a 1 para o time maranhense.

"Me deu uma missão pra mim matar... ou mato ou morro, mano. Não tinha jeito mano. Eu falei: 'Ihh, alguém vai se fud... aí, porque eu vou dar o carrinho", afirmou o atleta nos prints das conversas. O pênalti foi encaminhado por empresários envolvidos em manipulação de resultados.

Foto: Reprodução/TwitterConversas foram encontradas no celular do lateral Matheusinho
Conversas foram encontradas no celular do lateral Matheusinho

A investigação não mostra o motivo pelo qual os atletas escolheram o nome de Lula para o nome do grupo. No entanto, duas vezes os jogadores referenciam o nome do atual presidente. Na primeira, o goleiro do grupo manda uma figurinha de Lula com a frase “Já pode roubar?” após Matheusinho postar uma foto segurando um maço de dinheiro. Na segunda, o lateral escreveu “Hoje o Lula tem que ganhar, pra gente ficar bem”, 15 dias após o segundo turno das eleições.

Os jogadores Paulo Sérgio, Allan Godoi, André Queixo e Ygor Catatau também estão denunciados por envolvimento em esquemas de aposta. Além dos atletas, um goleiro e um jogador de pôquer também estavam no grupo, porém não foram denunciados pelo Ministério Público.

Ao serem questionados pelos investigadores, os jogadores denunciados negaram o crime e declararam que só comentavam sobre apostas legalizadas, pôquer e videogame no grupo.

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