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Timon - Maranhão

Empresário alvo da Operação Rota Caipira é preso em Timon

GP1 apurou com exclusividade que a prisão ocorreu devido a três mandados de prisão em aberto.

O empresário Waldistom dos Santos Oliveira, dono de uma revendedora de veículos localizada na Avenida Barão de Gurgueia, foi preso nesta quarta-feira (11) durante cumprimento de mandado de prisão no âmbito da Operação Rota Caipira, que investiga o tráfico internacional de drogas. Ele já era foragido das diligências desde abril do ano passado e foi preso em Timon por equipes do Gaeco do Maranhão, Grupo de Operações Especiais e Força Tática do 11º Batalhão da PM-MA.

O GP1 apurou com exclusividade que a prisão ocorreu devido a três mandados de prisão em aberto contra o empresário, sendo dois oriundos da Justiça Estadual do Maranhão e um da Justiça Federal do Tocantins. Com Waldistom, os policiais apreenderam R$ 8 mil em espécie e cinco aparelhos celulares.

Foto: Divulgação/PM-MAWaldistom dos Santos Oliveira, preso em Timon
Waldistom dos Santos Oliveira, preso em Timon

No momento em que foi preso, Waldistom estava com seu sobrinho, identificado como José Fernandes Soares de Oliveira Neto, que foi detido por ter mandado de prisão em aberto por uma investigação de crime de homicídio em Timon.

Waldistom já foi denunciado pelo Ministério Público do Estado do Maranhão (MP-MA), através do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado - GAECO, pelos crimes de “lavagem de dinheiro” proveniente de tráfico de drogas e de integrar organização criminosa que atua em cidades do Piauí e do Maranhão. Segundo a denúncia, uma das lojas utilizadas para a ocultação de bens era a Modelo Veículos, localizada na Avenida Barão de Gurgueia, no bairro Vermelha, em Teresina.

Foto: Divulgação/PM-MAMaterial apreendido com Waldistom dos Santos Oliveira
Material apreendido com Waldistom dos Santos Oliveira

Operação Rota Caipira

A operação da Polícia Federal investiga o tráfico de cocaína produzida na Bolívia, no Peru e na Colômbia que eram transportadas para o Brasil. Além dos mandados de prisões e buscas, a Justiça determinou a apreensão de 16 aeronaves, sequestro de três propriedades rurais e bloqueio de valores que podem totalizar R$ 300 milhões. Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara Federal de Araguaína.

Os mandados estão sendo cumpridos nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Mato grosso, Piauí, Rondônia, Roraima, São Paulo, Amazonas, Tocantins, Maranhão, Ceará e Goiás.

No dia 26 de abril de 2023, o empresário Francisco Batista Bezerra Júnior foi preso pela PF, porém, Waldistom dos Santos Oliveira que era um dos alvos, não foi localizado e permaneceu foragido. Tanto Francisco Batista quanto Waldistom dos Santos já foram alvos da Operação Mormaço deflagrada em 2021 pelo Gaeco para desarticular uma organização criminosa que atuava no Piauí e no Maranhão. Francisco era apontado como laranja de Waldistom.

Waldistom dos Santos foi preso quatro vezes

A primeira prisão de Waldistom dos Santos ocorreu em 2014 pela Polícia Federal com apoio da Polícia Civil do Maranhão. Depois foi preso novamente em setembro de 2020, na Operação Integração, e em junho de 2021 pelo DHPP, no âmbito da Operação Codinome 40.

A quarta prisão aconteceu em julho de 2022 por descumprir medida cautelar com uso de tornozeleira eletrônica, decorrente de processos relacionados a outras práticas criminosas.

A Polícia Federal em Araguaína descobriu que a organização criminosa adquiria cocaína fora do Brasil e realizava o transporte através de complexa estrutura aérea até pontos estratégicos localizados nos estados do Pará, Tocantins e Maranhão. A princípio, o destino final dos carregamentos eram as capitais nordestinas como São Luís (MA), Teresina (PI) e Fortaleza (CE).

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