Fechar
GP1

Maranhão

Terceiro acusado de assassinar advogado Siqueira é preso em Timon

O advogado foi executado em abril desse ano, na cidade de Cajueiro da Praia, litoral do Piauí.

A Força Tarefa de Segurança Pública no Estado do Piauí prendeu nesta quarta-feira (03), o terceiro acusado de participar da execução do advogado Raimundo José Costa Siqueira, em abril desse ano, no município de Cajueiro da Praia, litoral do Piauí. Levantamento realizado pelo GP1 deu conta que o alvo trata-se de Heliton Borges Machado, o qual possuía três mandados de prisão em aberto, dois deles expedidos pela Justiça do estado do Paraná.

As ordens judiciais são por tentativa de homicídio contra um policial rodoviário federal em 2014, o segundo pela morte do advogado e por demais processos em curso na comarca de Maringá-PR. As investigações realizadas pela Força Tarefa apontam o preso como um dos responsáveis pela execução do crime e posterior ocultação do corpo da vítima.

Foto: Reprodução/WhatsAppSuspeito de matar o advogado Siqueira, Heliton Borges Machados
Suspeito de matar o advogado Siqueira, Heliton Borges Machados

Após a prisão, Heliton Borges Machado foi encaminhado à Central de Flagrantes de Timon, para os procedimentos necessários ao caso. Agora ele está à disposição da Justiça.

Primeiros acusados do crime presos pelo Greco

O Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), em parceria com a Polícia Civil de Peritoró e Delegacia de Luís Correia, prendeu na quarta-feira 20, de julho, dois indivíduos identificados como Fabio Roberto Ruiz e Erasmo de Morais Furtado, acusados de participar do assassinato do advogado Raimundo José Costa Siqueira, 41 anos.

Conforme informações repassadas pelo delegado Tales Gomes, coordenador do Greco, os dois mandados de prisão temporária foram expedidos pela Vara Única de Luís Correia e cumpridos no município de Peritoró, no estado do Maranhão.

Ainda segundo o Greco, Erasmo de Morais Furtado é ex-policial militar e inclusive já havia sido preso pelo Greco em 2019, no âmbito da Operação Dictum.

Morte pode ter relação com contrabando de cigarro

Em abril deste ano, o delegado Aldely Fontenele ouviu uma das principais testemunhas do inquérito, o cabo da Polícia Militar Anderson Lustosa de Castro, que estava com o advogado no momento da suposta emboscada sofrida por Siqueira. Ele assinou uma delação premiada e declinou pontos importantes, até então, obscuros nas investigações, especialmente, no que diz respeito ao contrabando de cigarros.

Foto: Reprodução/WhatsAppRaimundo Siqueira
Raimundo Siqueira

Com isso, a Polícia Civil busca, entre outras coisas, esclarecer qual o envolvimento do advogado com uma carga de cigarro contrabandeado avaliada em R$ 5 milhões, que foi localizada no mar do município de Cajueiro da Praia, em agosto de 2020.

Movimentação financeira atípica

Não satisfeitos com a primeira versão apresentada pelo cabo da PM, que escapou praticamente ileso da emboscada armada contra o advogado Raimundo José Costa Siqueira, os investigadores fizeram um breve levantamento financeiro do cabo da Polícia Militar e verificaram uma movimentação atípica, que ultrapassa mais de R$ 20 mil mensais do praça.

Aos poucos, a Polícia Civil avança nas investigações que apontam para participações de mais pessoas, formando uma verdadeira organização criminosa voltada para o contrabando de cigarros no litoral do Piauí.

Corpo do advogado foi encontrado em praia no Maranhão

Equipes da Capitania dos Portos do Brasil e do Corpo de Bombeiros encontraram o corpo do advogado Raimundo José Costa Siqueira no dia 23 de abril em avançado estado de putrefação, na praia de Humberto de Campos, no estado do Maranhão.

O advogado Raimundo Siqueira estava desaparecido desde o dia 6 de abril deste ano, quando estava com um cabo da Polícia Militar. Ambos foram abordados por volta de 20h, por criminosos armados com fuzis, que os obrigaram a descer do carro e teriam efetuado pelo menos cinco disparos de arma de fogo contra o advogado e um tiro na perna do policial, que conseguiu se esconder em um matagal e pedir socorro.

O cabo da Polícia Militar do Piauí, que foi identificado como Anderson Lustosa de Castro, fez uma delação premiada e declinou o que aconteceu na noite de 6 de abril. Após o crime, o advogado desapareceu e seu veículo, de modelo S10, foi encontrado no dia 7 de abril carbonizado na cidade de Chaval, no estado do Ceará.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.