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Teresina - Piauí

Empresário preso na Operação Apocalipse revendia veículos roubados

Alguns criminosos eram responsáveis pelos furtos e roubos, outra parte ficava à cargo da adulteração do chassi, bem como a confecção de um novo documento para o veículo.

O delegado Éverton Férrer, gerente da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter), explicou durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (4), como se deu a Operação Apocalipse que culminou com a prisão de 35 pessoas, que faziam parte de duas quadrilhas acusadas de roubo de veículos. Entre os presos, está o empresário Francisco da Costa Veloso, dono de uma revendedora de veículos no município de Hugo Napoleão.

O empresário foi preso sob força de um mandado de prisão preventiva, acusado de fazer parte de uma quadrilha especializada em roubo, furto, receptação e adulteração de veículos em Teresina na Operação Apocalipse.

37 mandados de prisão preventiva

A Operação Apocalipse foi deflagrada nesta quarta-feira (4) e para dar cumprimento a 37 mandados de prisão preventiva, contra duas organizações criminosas em Teresina. As diligências contaram com 100 policiais civis. As investigações tiveram início em 2018, devido ao grande número de roubos e furtos de motocicletas e carros em Teresina e buscava desarticular grupos criminosos voltados para a prática de crimes envolvendo veículos.

  • Foto: Polinter Operação Apocalipse Operação Apocalipse

A partir desse ponto, constatou-se que dois grupos criminosos atuavam em Teresina. Ambos se comunicavam com objetivo de praticar, de maneira organizada, furtos, roubos, receptação e adulteração de veículos.

Atuação do empresário

Conforme o delegado Everton Ferrér, o empresário de Hugo Napoleão marcou um encontro com os criminosos no município de Monsenhor Gil, onde foram repassadas as motocicletas roubadas e seguiram para a cidade de Água Branca, por lá, foram presos pela Polícia Civil. “O fornecedor da cidade de Hugo Napoleão, que é o Francisco Veloso, marcou um encontro [com um terceiro] em Monsenhor Gil. Eles se encontraram e no meio da estrada repassaram as motos e seguiram viagem para Água Branca, onde foram presos pela delegacia de Água Branca”, relatou Everton Férrer.

De acordo com o delegado, a quadrilha era bastante organizada. Alguns criminosos eram responsáveis pelos furtos e roubos, outra parte ficava a cargo da adulteração do chassi, bem como a confecção de um novo documento para o veículo. Os novos documentos, via de regra, eram feitos com lotes furtados do Detran em julho deste ano.

“O que era falso, no documento, eram as informações. O papel do documento era bom e verdadeiro, em sua maioria. Então, era uma quadrilha que trabalhava muito com a perfeição na parte da adulteração. As investigações apontam que não só aqui dentro do estado, mas eles eram cooptados para fazer trabalhos de adulteração fora do estado de tão bons que eram no que faziam”, afirmou.

Presos em flagrante

“Nós temos dois alvos, onde encontramos duas armas de fogo. Nós encontramos em três alvos, inclusive, esse de Napoleão, moto adulterada, então, três pessoas foram em flagrantes por crime de receptação e adulteração. Inclusive, o filho, o Francisco Viera da Silva, ele era um dos principais adulteradores da quadrilha. Foi encontrado material na casa do filho dele, material fruto de adulteração e uma motocicleta, obviamente, adulterada”, finalizou.

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