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Saúde

Hidroxicloroquina é o tratamento mais eficaz contra covid-19, diz pesquisa feita com 6 mil médicos

A pesquisa foi realizada com 6 mil médicos que integram a Sermo, empresa global de pesquisa em saúde, com atuação em 30 países.

Pesquisa feita com 6 mil médicos que integram a Sermo, empresa global de pesquisa em saúde, com atuação em 30 países, mostrou que o medicamento hidroxicloroquina, utilizado no tratamento da malária, é o que tem se apresentado mais eficiente contra o coronavírus (covid-19). Os dados foram coletados entre os dias 30 de março e 02 de abril.

Segundo reportagem da Revista Crescer, cerca de 37% dos médicos disse que a medicação é a "terapia mais eficaz", de uma lista com mais de 15 opções, para o vírus no momento.

Na Espanha, 72% dos médicos afirmaram que estão usando o medicamento, na Itália são 55% e na China são 44% dos médicos utilizando o remédio. O jornal Daily Mail informou que apenas 13% dos médicos britânicos pesquisados disseram ter prescrito cloroquina a pacientes com coronavírus em hospitais particulares.

De acordo com o jornal The Washington Times, a azitromicina, antibiótico usado para infecções bacterianas, foi classificada como a segunda terapia mais eficaz com 32%. Foi observado também que os três tratamentos mais comumente prescritos pelos médicos eram analgésicos (56%), azitromicina (41%) e hidroxicloroquina (33%).

Peter Kirk, executivo-chefe da Sermo, descreveu para o Daily Mail os resultados da pesquisa como um "tesouro de insights globais para os formuladores de políticas". Ele acrescentou que: "Os médicos devem ter mais voz na maneira como lidamos com essa pandemia e podem compartilhar rapidamente informações entre si e com o mundo. Em todo o mundo, os países estão expandindo o acesso à cloroquina, uma forma sintética, proveniente das árvores cinchona e usada há séculos para tratar a malária".

Na China, os primeiros testes realizados mostraram que o remédio pode reduzir os efeitos graves do coronavírus, inclusive, os médicos estão até considerando o uso das drogas como um 'profilático' para dar às pessoas que testam positivo para o vírus, mas ainda não demonstraram sintomas.

A reportagem mostrou que médicos de toda a América, inclusive no Brasil, podem prescrever Cloroquina (CQ) e Hidroxicloroquina (HCQ) como recurso para pacientes com covid-19 em estado crítico.

Já no Reino Unido, um porta-voz do Departamento de Saúde e Assistência Social afirmou que até terem evidências claras e definitivas de que esses tratamentos são seguros e eficazes, eles devem ser usados apenas em um ensaio clínico. "A hidroxicloroquina parece ser segura, mas sua eficácia para o covid-19 ainda é desconhecida", informou ao jornal Daily Mail.

A CQ e HCQ são medicamentos prescritos também para o tratamento de artrite reumatóide e o lúpus desde a década de 1940. As drogas estão entre os mil medicamentos testados contra o coronavírus em um laboratório, como parte de um estudo da Queens University, em Belfast. Testes maiores foram iniciados, inclusive nos Estados Unidos, onde muitas mortes ocorreram nesta semana. A Itália está realizando um teste com 2 mil pessoas, enquanto os cientistas também aguardam os resultados de testes maiores na China.

Um estudo europeu, chamado Discovery, vai estudar quatro terapias experimentais, incluindo a cloroquina, usando 3.200 pacientes que foram hospitalizados pelo vírus no Reino Unido, Espanha, Alemanha, França, Suécia e Luxemburgo. Em entrevista ao Daily Mail, a médica Ellie Cannon, do hospital britânico NHG, disse que a droga não é uma cura milagrosa. "Por favor, parem de pensar que os comprimidos antimaláricos são a bala mágica até que se prove que ela é a bala mágica", declarou.

Segundo Cannon, estes medicamentos podem causar problemas cardíacos e ser perigosos para pessoas com problemas no fígado e rins. “Acho que todos estamos procurando uma cura, todos estamos procurando uma resposta para nós mesmos, para nossos parentes vulneráveis. Mas temos que ter muito cuidado com esses perigos ocultos no que parece ser uma bala mágica", disse ao Daily Mail.

Veja a pesquisa na íntegra abaixo ou clique aqui.

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