Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Bandido dá detalhes sobre assassinato do advogado Ozires Machado

Em vídeo, o criminoso confirma ter usado a arma para atirar no chão, mas alega que seu comparsa, que está foragido, foi quem efetuou o disparo que matou o advogado.

Francinaldo dos Santos Batista, acusado de assassinar o advogado Ozires de Castro Machado, confessou nesta quinta-feira (14), ter participado do crime. O criminoso foi preso na manhã de ontem por uma equipe da Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Francisco Costa, o Barêtta.

Em vídeo divulgado pela Polícia Civil ao GP1, Francinaldo dá detalhes do latrocínio. Ele confirma ter usado a arma para atirar no chão, mas alega que seu comparsa, que está foragido, foi quem efetuou o disparo que matou o advogado.

  • Foto: Divulgação/Polícia Civil/Reprodução/FacebookFrancinaldo dos Santos confirma ter participado da morte de Ozires de CastroFrancinaldo dos Santos confirma ter participado da morte de Ozires de Castro

“Nós estávamos esperando. Daí nós vimos o celular dele [Ozires] que era grande. Quando chegamos no carro ele tentou sair, foi quando eu atirei para o chão. Aí meu parceiro tomou da minha mão [a arma] e eu escutei só o outro tiro”, afirmou.

O acusado disse ainda que seu parceiro, identificado pela polícia como “Dodô” sumiu após o crime. A polícia continua em diligência atrás do outro suspeito. A investigação foi realizada pela equipe ALFA, composta pelo investigador Lourival Neto, da Delegacia de Homicídios.

Em entrevista ao GP1, o delegado Barêtta descartou que Francinaldo não tenha sido o autor dos disparos. “Durante o interrogatório, Francinaldo chegou a atribuir o crime a outras pessoas e até mentir, dizer que não estava na cena do crime. Mas nós tínhamos testemunhas de que ele esteve na cena do crime e imagens de quando ele abandona a moto e entra no gol vermelho que está apreendido, que inclusive foi usado também para fazer vários assaltos na zona sul de Teresina”, afirmou.

Segundo o delegado, há provas que apontam que foi Francinaldo quem matou Ozires. “Diante da apreensão da camisa dele com o sangue, que respingou quando ele atirou na vítima chegamos à conclusão de que foi ele que efetuou o disparo que matou o advogado. A perícia também confirmou”, disse.

Barêtta detalhou a ação dos bandidos. “O crime aconteceu em uma via estreita, onde passam muitos estudantes. Quando a vítima parou, com o vidro baixo e com o telefone, Francinaldo anunciou o assalto. Foi quando a vítima reagiu e arrancou o carro. Depois que a vítima arrancou o veículo ele efetuou o disparo que se alojou na porta. A vítima então desgovernou o carro, que subiu sobre a calçada e bateu no portão de uma casa. Francinaldo então foi lá novamente para tomar o celular e a vítima faz outra reação, que culminou no tiro na cabeça da vítima”.

O delegado disse ainda que três pessoas estão envolvidas no crime. “Depois do assalto o Neném [Francinaldo] saiu com o Dodô e tomaram uma moto de assalto de uma senhora. Em seguida eles abandonaram a moto e entraram no gol vermelho, que estava sendo conduzido por um indivíduo identificado como ‘Pallito’. Não há dúvidas de que se trata de um latrocínio”, completou.

Entenda o caso

Ozires Machado, de 28 anos, assessor de um juiz do Maranhão, foi alvejado com um tiro na cabeça na zona sul de Teresina na segunda-feira (11).

Ele ainda foi encaminhado ao Hospital de Urgências de Teresina, mas morreu na terça-feira (12), após uma parada cardiorrespiratória, provocada por um traumatismo craniano. Uma câmera de segurança flagrou a ação dos bandidos e o momento que Ozires tentou escapar do assalto.

Ozires foi enterrado na manhã de quarta-feira (13), sob forte comoção no município de Cabeceiras, onde nasceu. Ozires é sobrinho do ex-prefeito de Cabeceiras, José Ozires. O pai do jovem, Paulo Ozires, fez aniversário um dia após a morte do filho. Uma multidão acompanhou o sepultamento do advogado.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.