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Teresina - Piauí

Entenda como atuava quadrilha que aplicava golpes bancários em Teresina

Maria Cristina da Silva Nunes, Moacir da Silva e Miguel Nunes da Silva foram presos em flagrante, no centro da Capital, com mais de 100 folhas de cheques em branco.

Helio Alef/GP1 1 / 8 Material apreendido pelo Greco Material apreendido pelo Greco
Helio Alef/GP1 2 / 8 Impressora apreendida Impressora apreendida
Helio Alef/GP1 3 / 8 Delegado Tales Delegado Tales
Helio Alef/GP1 4 / 8 Dinheiro apreendido Dinheiro apreendido
Helio Alef/GP1 5 / 8 Delegado Daniell Pires Delegado Daniell Pires
Helio Alef/GP1 6 / 8 Cheques apreendidos Cheques apreendidos
Helio Alef/GP1 7 / 8 Cartões e identidades apreendidas Cartões e identidades apreendidas
Divulgação/Polícia Civil 8 / 8 Miguel, Maria Cristina e Moacir, acusados de aplicar golpes bancários Miguel, Maria Cristina e Moacir, acusados de aplicar golpes bancários

O coordenador do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), delegado Tales Gomes, explicou nesta quinta-feira (1) como atuavam os três integrantes de uma organização criminosa de São Paulo que aplicavam golpes bancários em Teresina. Dois homens e uma mulher foram presos na tarde de quarta-feira (31).

Maria Cristina da Silva Nunes, Moacir da Silva e Miguel Nunes da Silva foram presos em flagrante, no centro da Capital, com mais de 100 folhas de cheques em branco, que eram clonados das contas das vítimas.

“Essas três pessoas estavam em uma agência bancária na Avenida Frei Serafim. Devido a movimentação deles, funcionários dos bancos acionaram policiais do 1º Batalhão da Polícia Militar, que primeiramente fizeram uma abordagem a um veículo que estava na frente da agência, onde foi abordada uma pessoa de nome Moacir. Dentro do veículo o Moacir estava com um computador e uma impressora ligada na bateria do veículo, e isso chamou a atenção, bem como vários cheques em brancos. Eles foram trazidos ao Greco e depois chegou a informação que eles estavam hospedados em um hotel na zona norte de Teresina. Lá foram encontrados documentos falsos e um equipamento usado para o preenchimento dos cheques”, explicou o delegado Tales Gomes ao GP1 nesta quinta-feira (01).

Como os criminosos atuavam

Segundo o coordenador do Greco, Moacir da Silva afirmou que era usada uma história falsa com os funcionários dos bancos, com o objetivo de conseguir os dados bancários, mas essa aquisição dos dados bancários das vítimas ainda será investigada, já que até o momento só se tem o depoimento do suspeito.

“Eles usavam uma determinada história para se aproximarem dos funcionários. Dizendo que tinham apresentado cheques e que precisavam sustar os cheques. Segundo o Moacir, os funcionários então apresentavam alguns cheques e naquele momento uma foto era tirada. Nisso saíam da agência e o Moacir já estava do lado de fora para fazer a impressão, assinatura e saques”, afirmou Tales Gomes.

O delegado destacou como ocorriam os saques. “Eles obtinham cheques verdadeiros e apagavam os dados bancários neles. Eles conseguiam os dados bancários de pessoas de Teresina e preenchiam esses cheques com esses dados. O equipamento apreendido no hotel, era usado para escanear e reproduzir nos cheques as assinaturas do correntista. Feito isso, o cheque é preenchido e falsificado de forma sofisticada. Eles iam até a agência bancária do correntista e faziam os saques de quantias de até R$ 10 mil, com a quantidade de até 3 saques por dia, para não chamar atenção”, destacou o delegado Tales Gomes.

Vítimas devem procurar o Greco

O delegado Daniel Pires ficará responsável pelo inquérito. Ele explicou que os acusados devem responder por associação criminosa, uso de documento público falso e por estelionato, mas por esse último crime é necessário que as vítimas compareçam ao Greco.

“A falsificação da assinatura era feita de uma máquina, por isso é quase imperceptível a adulteração. Somente a perícia vai poder dizer qual cheque é o falsificado. É interessante que eles só começaram a aplicar os golpes na segunda, terça e quarta desta semana. Quem desconfiar que algum dinheiro saiu da conta através de desconto de cheque, que procure o Greco, para a gente saber se foi algum cheque passado por essa organização. Eles cometeram em tese associação criminosa, uso de documento público falso e estelionato, mas o estelionato precisa da vítima, e ainda não temos. Então quem teve dinheiro descontado nos dias 29, 30 e 31 de julho, que procure a delegacia”, afirmou o delegado Daniel Pires.

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