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Parnaíba - Piauí

Procurador aponta medidas que estão sendo tomadas no comércio de Parnaíba

Ricardo Mazulo falou sobre o retorno gradual das atividades econômicas na cidade após o fim do prazo da liminar que suspendeu o decreto que autorizava o funcionamento do comércio durante a pa

O procurador-geral do município de Parnaíba, Ricardo Mazulo, concedeu entrevista ao GP1 na tarde testa quarta-feira (15), onde falou sobre o retorno gradual das atividades econômicas na cidade após o fim do prazo da liminar que suspendeu o decreto do prefeito Mão Santa, que autorizava o funcionamento do comércio durante a pandemia de coronavírus (covid-19). O representante da prefeitura fez questão de destacar que a cidade até o momento não possui casos confirmados da doença, desconsiderando assim o óbito do empresário Oderman Bittencourt, que, segundo ele, não pode ser considerado de Parnaíba.

A prefeitura havia decretado a reabertura das atividades econômicas no final de março, mas a Justiça suspendeu os efeitos desse decreto por 15 dias. Segundo o procurador-geral, o prefeito cumpriu rigorosamente a liminar, mas, passados 15 dias, o decreto municipal voltou a valer, permitido assim o retorno gradual do funcionamento do comércio.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Prefeito Mão Santa  Prefeito Mão Santa

“De imediato, o prefeito chamou a equipe de comunicação para que intensificasse a divulgação dos cuidados necessários para a população e também para as pessoas que vão reabrir os seus negócios, como evitar aglomeração, manter distanciamento, manter higienização do local e usar máscaras. Ele também chamou a Vigilância Sanitária para que intensificasse a fiscalização a fim de verificar estabelecimentos que estivessem descumprindo essas normas”, afirmou.

Mantendo a segurança

Mazulo esclareceu que continuam suspensas as atividades que geram aglomeração. “Esse retorno não abrange logicamente escolas, casas de shows, cinemas e outros locais em que não há possibilidade de evitar aglomeração. Então, está havendo um trabalho de muita divulgação, de conscientização, de orientação, para que esse retorno das atividades econômicas se dê da forma mais segura possível”, garantiu.

Não há casos em Parnaíba

Os registros oficiais do Estado indicam um óbito por coronavírus na cidade litorânea (Oderman Bittencourt, diretor da Delta Laticínios). No entanto, Ricardo Mazulo alega que a morte do empresário não pode ser registrada como um caso de Parnaíba.

“O único caso que surgiu aqui foi aquele da pessoa que trabalhava na Delta, que nem estava em Parnaíba. Ele tem uma residência aqui, mas estava em Fortaleza, passou por outra cidade, foi para Teresina, onde foi constatado que ele estava com coronavírus, e lá ele faleceu, então não foi uma pessoa que passou por aqui”, destacou.

O procurador argumenta que todos os testes feitos até o momento em Parnaíba deram negativo, assim, segundo ele, não se fazem necessárias medidas tão duras de isolamento social. “Todos os testes feitos até agora em Parnaíba deram negativos, nós tivemos teste positivos de pneumonia, de H1N1. Então, não seria viável impedir que a população circulasse ou exercesse suas atividades sem ter uma demonstração clara de que há realmente o risco com essas atividades. Vemos até agora que não há esse risco”, colocou.

Isolamento não tem eficácia comprovada

Ricardo Mazulo falou ainda que as medidas de isolamento decretadas pela maioria dos gestores não possuem eficácia comprovada por estudos científicos. “Há orientações de confinamento, mas não há estudos científicos nesse sentido, todos estão trabalhando com hipóteses, é um vírus novo”, apontou.

Para o representante da prefeitura de Parnaíba, é preciso atentar para os desdobramentos da quarentena, como as dificuldades econômicas, que vão afetar sobretudo a população mais pobre. “Há quem fale até que estamos chegando agora no pico da doença, e fica aquela conversa, um fala que era no final de março, outro fala que é agora em abril, há quem fale em agosto, então nós vamos ficar até agosto sem fazer nada? Pessoas morrendo de fome? É essa a situação hoje, pessoas estão morrendo de fome, sem ter condição de colocar um prato de comida na mesa dos seus filhos, e isso não pode acontecer, pessoas vão morrer em decorrência disso”, finalizou.

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