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Motoristas e cobradores de ônibus paralisam atividades em Teresina

“A paralisação começou por volta de 5h da manhã e a gente não tem prazo para terminar. Nós tínhamos 30% da frota rodando e agora não tem mais nada", disse Fernando Feijão, diretor do Sintetro

Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina resolveram cruzar os braços nas primeiras horas da manhã desta segunda-feira (27) em protesto ao não pagamento de salários, ticket-alimentação e outras demandas que não estão sendo atendidas durante a pandemia do novo coronavírus.

Sem avanço nas negociações com as empresas de ônibus, acerca da Medida Provisória 936 do Governo Federal, que estabelece redução do salário proporcional à diminuição da carga horária, enquanto durar o período de pandemia, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviários (Sintetro), Fernando Feijão, garantiu que nenhum ônibus sairá da garagem nesta segunda-feira.

  • Foto: Lucas Dias/GP1 Fernando FeijãoFernando Feijão

“A paralisação começou por volta de 5h da manhã e a gente não tem prazo para terminar. Nós tínhamos 30% da frota rodando e agora não tem mais nada. A gente está próximo de fechar o mês de abril e até agora as empresas de transporte urbano de Teresina ainda não fizeram nenhum acordo sobre a MP 936, só falam em demissão e a gente não está aceitando mais essa situação. Tivemos uma rodada intensa de negociações na semana passada, mas não se chegou a um acordo e agora somos forçados a tomar essa medida para ver se as empresas acordam, para garantir o sustento das famílias dos trabalhadores por mais um mês”, pontou.

  • Foto: Lucas Dias/GP1 Garagem da empresa de ônibus EmtracolGaragem da empresa de ônibus Emtracol

Ainda de acordo com o presidente do Sintetro, há trabalhadores com mais de 30 dias sem receber salários. “As empresas parecem não estar preocupadas com a situação dos trabalhadores. Temos profissionais com mais de 30 dias sem salário, passando por uma séria dificuldade financeira e faltando comida em casa”, acrescentou.

Fernando Feijão denunciou ainda que as demissões estão ocorrendo nas garagens das empresas, mas motoristas e cobradores não estão tendo acesso ao FGTS, por exemplo. “Nós temos conhecimento que alguns trabalhadores que foram demitidos, além de não receber seus direitos, ainda não estão conseguindo sacar o FGTS e muito menos dar entrada no seguro-desemprego pela forma como as empresas estão fazendo essas demissões. Então isso é inaceitável, o que estava ruim agora está piorando mais”, ressaltou.

Enquanto isso, vários teresinenses se aglomeram em paradas aguardando os ônibus, no entanto, nenhum veículo saiu da garagem nesta segunda-feira.

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