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Itaueira - Piauí

Quirino Avelino diz que "Operação Perpetuatio" tem viés político

"Uma ação com viés político e perseguidor, feita arbitrária e autoritária, sem oportunizar o direito legal de defesa ou esclarecimentos, em pleno período eleitoral", afirmou o prefeito.

O prefeito afastado de Itaueira Quirino Avelino, através de sua assessoria de comunicação, enviou nota ao GP1, nesta tarde, acerca de ação policial realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na manhã desta terça-feira (22), que teve o objetivo de prendê-lo em nova fase da Operação Perpetuatio. No entanto, o gestor encontra-se foragido.

Em nota, Avelino afirmou que o decreto de prisão preventiva expedido contra ele “tem viés político e perseguidor, feita arbitrária e autoritária, sem oportunizar o direito legal de defesa ou esclarecimentos, em pleno período eleitoral”.

  • Foto: Lucas Dias/GP1Prefeito Quirino AvelinoPrefeito Quirino Avelino

Ele garantiu ainda que sempre conduziu a gestão com transparência, idoneidade e zelo pela coisa pública.

Confira abaixo nota na íntegra:

Uma ação com viés político e perseguidor, feita arbitrária e autoritária, sem oportunizar o direito legal de defesa ou esclarecimentos, em pleno período eleitoral. Assim foi a decreto de prisão do prefeito de Itaueira, Quirino Avelino, 78 anos, ocorrida hoje, dia 22.

O prefeito sempre conduziu a gestão com transparência, idoneidade e zelo pela coisa pública. E foi com incredulidade que o mesmo se deparou com tal medida de prisão preventiva e afastamento do cargo.

O prefeito está colhendo a documentação necessária para os devidos esclarecimentos e que os fatos sejam elucidados, estando disponível à Justiça.

Afastamento

O Tribunal de Justiça do Estado do Piauí determinou o imediato afastamento de Quirino Avelino do cargo de prefeito de Itaueira. O presidente da Câmara Francisco Antonio da Silva já foi notificado da determinação e dará posse ao vice-prefeito às 17h de hoje.

Prisão preventiva

O secretário Gaston de Sousa Cavalcante e os empresários Jeremias Pereira da Silva e Edivá de Sousa Cavalcante já haviam sido presos na ação realizada na semana passada, dia 15 de setembro, porém como as prisões eram temporárias, os suspeitos foram liberados com cinco dias. Hoje a Justiça converteu a prisão dos três em preventiva, entretanto apenas Jeremias foi localizado e os demais juntamente com Quirino Avelino seguem foragidos.

Gaeco ofereceu denúncia

De acordo com a coordenadora do Gaeco, promotora Débora Alencar, com base nas investigações e com o material coletado na semana passada durante a primeira fase da operação, o Gaeco ofereceu denúncia contra o grupo criminoso e solicitou os mandados de prisão, que foram prontamente deferidos pela Justiça.

“Fizemos as buscas e apreensões e as prisões temporárias na semana passada. Já na quinta eles foram denunciados, ou seja, a parte da investigação já foi concluída. Agora o material apreendido durante os mandados de busca será analisado, podendo gerar outras denúncias”, explicou a promotora.

Foram denunciados pelo Gaeco: Quirino de Alencar Avelino, Edivá de Sousa Cavalcante, Gaston de Sousa Cavalcante, Maria de França Avelino, Genival Joaquim de Moura, Eliene Helena dos Santos Moura, Roberto Lima de Farias, Jeremias Pereira da Silva, Francisco Vieira da Silva e Raimundo Fagner Siqueira Bueno.

Quirino Avelino liderava organização criminosa

De acordo com o Gaeco, Quirino Avelino é suspeito de liderar organização criminosa que atuava para fraudar licitações públicas e desviar dinheiro público.

As investigações giram em torno de três frentes: a primeira delas é referente à aquisição fraudulenta de uma ambulância para a Secretaria Municipal de Saúde; o segundo fato tem relação com construções e reformas de obras públicas, inclusive pavimentação de vias e o terceiro em decorrência da não prestação adequada e fraudes no serviço de transporte escolar.

Ainda de acordo com Gaeco, o prefeito Quirino se utilizou de empresas de fachada e de servidores públicos para macular processos licitatórios.

Prejuízo de quase R$ 2 milhões

Os valores desviados já contabilizados foram de R$ 1.724.613,38 (um milhão, setecentos e vinte e quatro mil, seiscentos e treze reais e trinta e oito centavos), sendo que ainda estão sendo auditados outros contratos, para totalizar o valor desviado pela organização criminosa.

Operação Perpetuatio

O nome da Operação Perpetuatio faz referência à perpetuação do gestor à frente do município de Itaueira, utilizando práticas fraudulentas para auferir vantagens ilícitas à frente da gestão pública.

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