Fechar
GP1

Teresina - Piauí

Empresário é preso em Teresina acusado de mandar executar adolescente

O crime ocorreu no estado do Pará. O empresário estava vivendo na capital piauiense com um nome falso.

A Polícia Civil do Piauí, através da Delegacia de Capturas, prendeu nesta quarta-feira (12), no bairro Lourival Parente, na zona sul de Teresina, um empresário identificado como José Luís Maciel de Sousa, acusado de ser mandante da execução de um adolescente de 17 anos, que ocorreu no ano 1999 na cidade de Redenção do Pará-PA. A ação faz parte da Operação Integração deflagrada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí nas primeiras horas da manhã de hoje.

Segundo o delegado Edvan Botelho, da Dicap, o empresário estava vivendo na capital piauiense com o nome falso de Madevaldo Araújo Maranhão. Ele é proprietário de uma empresa de reciclagem de lixo localizada no Distrito Industrial, na zona sul de Teresina.

Foto: Divulgação/PC PIAcusado de mandar executar adolescente no Pará
Acusado de mandar executar adolescente no Pará

“Nós recebemos a informação de que uma pessoa que havia cometido um crime há cerca de 20 anos no Pará e estaria vivendo como outra pessoa em Teresina. Nós realizamos uma investigação e localizamos a residência no Lourival Parente e uma empresa dele no Distrito Industrial. Ele estava vivendo como Madevaldo Araújo Maranhão, sendo que o nome verdadeiro dele é José Luís Maciel de Sousa”, declarou.

Crime

O delegado afirmou que o homem é responsável pela execução do namorado de uma prima, que era um adolescente de 17 anos. Ele explicou que o empresário nutria uma atração por essa prima e não aceitava o relacionamento entre os dois, o que acabou resultando na morte do adolescente.

Foto: Alef Leão/GP1Delegado Edvan Botelho
Delegado Edvan Botelho

“O crime teria sido passional, ele tinha uma atração por uma prima, que tinha um namorado. Ele então contratou uma pessoa, que forneceu a arma, e contratou outras duas pessoas para fazer a execução. Tentaram realizar duas vezes e não conseguiram, mas em um dia o rapaz estava dormindo na residência da namorada e esses dois homens adentraram e o executaram”, declarou.

Vida normal em Teresina

Edvan Botelho destacou que logo após o crime, o acusado fugiu para o Suriname e passou alguns anos trabalhando no país vizinho em um garimpo de pedras preciosas. Em Teresina, ele era proprietário de uma empresa de reciclagem de lixo, além de possuir uma casa e um carro com seu nome falso.

“Ele tinha uma vida normal aqui e tem uma empresa de reciclagem de lixo, entretanto, a gente soube que ele trabalhava com ouro na região do Pará. Depois do crime ele passou uma época no Suriname e ainda meche com pedras preciosas, porque encontramos na casa dele mais de 3kg dessas pedras”, destacou.

Mandado de prisão

“Com a localização e identificação dele, nós buscamos no banco de dados o mandado de prisão, mas como o mandado dele é muito antigo, do ano de 2000, nós não encontramos. Então entramos em contato com o pessoal de Redenção do Pará, onde foi cometido o crime, e eles nos enviaram esse mandado. Então hoje fomos até a casa dele, no Lourival Parente, e o prendemos”, disse o delegado.

Operação Ação Integrada

A Secretaria de Segurança Pública do Piauí deflagrou no início da manhã desta quarta-feira (12) a Operação Ação Integrada com o objetivo de dar cumprimento a mandados de busca e apreensão e mandados de prisão expedidos pela Justiça, contra alvos investigados por crimes de homicídio, tráfico de drogas, roubos e furto em Teresina. Estão sendo cumpridos 10 mandados de prisão e três mandados de busca e apreensão. Oito pessoas já foram presas até o momento.

Em entrevista ao GP1, o secretário de Segurança Rubens Pereira afirmou que a ação desta manhã é a primeira reposta às ações criminosas que têm sido registradas na Capital, especialmente, na zona sudeste, que teve um número crescente de homicídios.

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.