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Secretário Chico Lucas denuncia promotor Galeno Coelho à Corregedoria de Justiça

Representação foi assinada após o pedido impetrado pelo promotor para soltar três criminosos.

O Secretário Estadual de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, ingressou com representação disciplinar na Corregedoria Geral de Justiça do Ministério Público do Piauí, contra o promotor de justiça Galeno Aristóteles Coêlho de Sá, titular da 4ª Promotoria de Justiça de Parnaíba.

A representação ocorreu nesta quinta-feira (26), após o pedido de habeas corpus impetrado pelo promotor, solicitando o relaxamento da prisão de três acusados pelo crime de homicídio qualificado na cidade de Buriti dos Lopes, região Norte do estado.

Segundo a representação, o pedido se fundamenta na inobservância da legislação processual penal de modo a favorecer e beneficiar os investigados. “Fica claro que os fundamentos utilizados pelo Promotor de Justiça são teratológicos e ferem normas legais e constitucionais, além de beneficiarem infratores da norma penal responsáveis pela prática de crimes graves e, caso deferidas, podem acarretar em um sentimento de impunidade perante a sociedade piauiense”, destacou o secretário Chicos Lucas.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Chico Lucas, secretário estadual de segurança pública do Piauí
Chico Lucas, secretário estadual de segurança pública do Piauí

Entenda o caso

A 4ª Promotoria de Justiça de Parnaíba impetrou pedido de habeas corpus para o relaxamento da prisão dos acusados Willian Sousa Carvalho, Maria de Jesus Sousa Carvalho, Thiago José Sousa da Conceição, acusados pelo crime de homicídio qualificado contra Eduardo Braga de Carvalho, 28 anos, no último dia 20 de setembro, na cidade de Buriti dos Lopes.

De acordo com a justificativa do promotor Galeno Coelho, o cumprimento de prisão dos acusados foi ilegal, pois a decisão judicial com a autorização do mandado de prisão ainda não havia sido inserida no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP).

Foto: Divulgação/AscomPromotor Galeno
Promotor Galeno

De acordo com a Secretaria de Segurança, a representação policial foi devidamente fundamentada. Na ocasião, o também promotor de justiça Herson Luís de Sousa Galvão Rodrigues opinou favoravelmente pela prisão temporária dos investigados e o juiz José Carlos da Fonseca Amorim, da Comarca de Buriti dos Lopes, deferiu o pedido no dia 10 de setembro deste ano, ressaltando que os mandados só deveriam ser registrado no BNMP após o seu fiel cumprimento como forma de garantir a exequibilidade da medida.

Assassinato de mulher em Buriti dos Lopes

Segundo as investigações da Polícia Civil, os três investigados também podem ter relação com a morte Rosa de Sousa Braga, conhecida como Rosa Palmeirão, 45 anos, que foi assassinada na noite dessa quarta-feira (25), em Buriti dos Lopes. Rosa era a mãe de Eduardo, morto há pouco mais de um mês, no mesmo local. Mãe e filho foram mortos após a cobrança de uma dívida no valor de R$ 400,00 e por se negarem a vender drogas fornecidas pelo grupo criminoso.

Outro lado

O GP1 entrou em contato com o promotor Galeno Aristóteles Coêlho de Sá, que afirmou não ter tomado conhecimento da denúncia.

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