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Dono de portal é acusado de disseminar fake news contra Wellington Dias

O jornalista Thiago Maciel foi alvo de operação deflagrada pela Polícia Civil nessa quinta-feira (15).

O GP1 apurou que o alvo da Operação Fake News deflagrada, nessa quinta-feira (15), pela Polícia Civil e que investiga rede de disseminação de notícias falsas contra o governador Wellington Dias e outras autoridades políticas, trata-se do jornalista Thiago Maciel, dono do Portal Tribuna Piauí. Ele foi apontado como o executor dos ataques a políticos da região de Valença e Teresina.

Thiago confessou os crimes à polícia. Ele foi candidato a vereador de Valença pelo MDB nas eleições de 2020 e ficou na suplência.

Foto: Reprodução/Facebook Thiago Maciel
Thiago Maciel

O delegado Anchieta Nery, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), concedeu entrevista ao GP1, na manhã desta sexta-feira (16), para falar sobre a operação.

“Esse investigado se apresenta como jornalista, trabalha com portais, com divulgação em massa e aí é onde a gente tem hoje problema informacional com a internet que é a manipulação de opinião pública porque, a partir do momento que eu tenho dezenas de páginas e perfis no Facebook, com imagens aleatórias, perfis fakes com 10 mil, 15 mil seguidores e eu administro em torno de 100 grupos no WhatsApp me escondendo atrás de um avatar, eu posso manipular a opinião pública. Até esse momento, talvez, não tenha crime, mas a partir do momento que uso a minha rede para atacar a honra individualmente de algumas pessoas eu posso incorrer na calúnia, difamação, injúria”, explicou o delegado.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Anchieta Nery
Delegado Anchieta Nery

Contudo, Anchieta Nery ressaltou que também é crime a pessoa receber dinheiro em troca de divulgar informações para a manipulação da opinião pública. “Outro problema criminal é quando eu faço isso mediante promessa de pagamento ou recompensa, a mando de alguém para ganhar dinheiro e quando esse dinheiro sai dos cofres públicos temos um verdadeiro vício no nosso pleito democrático”, declarou.

Início das investigações

“Entre o réveillon de 2019 para 2020 foram abertos em torno de 6 inquéritos policiais envolvendo vítimas da capital e interior e, fazendo trabalho de inteligência junto com a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), a gente identificou similaridades e passou a compreender que ali poderia haver algo em comum. Dentre as investigações temos dezenas de vítimas dos três poderes do estado e ataques em comum”, relatou o delegado na coletiva.

Ainda de acordo com a autoridade policial, todas essas informações foram repassadas para a Justiça para a concessão de mandados. “A gente partiu para essa tese e o Poder Judiciário deu apoio à investigação, deferiu mandados de busca e apreensão, de contas de entes públicos, como prefeituras, passamos a observar algumas despesas e a entender que havia dois núcleos principais de vítimas: autoridades políticas da região de Valença com uma candidata a vereadora, juiz eleitoral responsável por garantir a lisura do pleito eleitoral e pré-candidatos de cidades vizinhas e de Valença e outro núcleo de Teresina”, completou.

Preso em 2020

Em setembro de 2020, Thiago Araújo Maciel foi preso pela Polícia Militar do Piauí acusado de perturbação do sossego, desacato, desobediência, resistência à prisão, ameaça e embriaguez ao volante. Ele foi solto dois dias depois após pagamento de fiança no valor de 10 salários mínimos.

Outro lado

Procurado pelo GP1 na manhã dessa sexta-feira (16), Thiago Maciel preferiu não se manifestar, ele disse apenas que vai aguardar o curso das investigações.

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