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Política

Sócios do Grupo Libra doaram R$ 1 milhão para chapa Dilma-Temer

Documentos da prestação de contas da chapa vencedora das eleições mostram duas doações de R$ 500 mil feitas pelos sócios.

Rodrigo Torrealba e Ana Carolina Torrealba, dois sócios do grupo Libra que tiveram mandados de prisão decretados, nesta quinta-feira (29), doaram R$ 1 milhão para a chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014. As informações são do G1.

Segundo a reportagem, documentos da prestação de contas da chapa vencedora das eleições mostram duas doações de R$ 500 mil feitas pelos sócios. Em um dos casos, o dinheiro foi depositado no comitê de campanha de Michel Temer e depois repassado ao MDB. No outro, o dinheiro passou pelo comitê financeiro da campanha nacional.

  • Foto: Lula Marques/Agência PTTemer e DilmaTemer e Dilma

Rodrigo e Ana Torrealba tiveram mandados de prisão expedidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, na Operação Skala. No entanto, os mandados não foram cumpridos, o paradeiro dos dois é desconhecido. Do Grupo Libra, apenas Celina Torrealba foi presa na operação, em sua casa no Leblon.

Barroso é o relator do inquérito que investiga se o presidente Michel Temer, por meio de decreto, beneficiou empresas do setor portuário em troca de suposto recebimento de propina.

No despacho que determinou a prisão consta a informação de que eles serão ouvidos sobre “doações pessoais e as feitas pelo Grupo Libra, além de possíveis solicitações indevidas de valores em troca da renovação de contratos de concessão em Santos”. Há a suspeita de que esse dinheiro tenha irrigado outras campanhas, entre elas a de Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR).

Em nota, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República afirmou que "os valores que constam da prestação de contas entregue ao Tribunal Superior Eleitoral são de doações legais".

Operação Skala

A Operação Skala, deflagrada pela Polícia Federal, faz parte das medidas solicitadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge – e autorizada pelo ministro Barroso – com o objetivo de coletar provas para o inquérito que investiga se o presidente Michel Temer editou um decreto a fim de favorecer empresas portuárias em troca de propina. Temer nega.

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