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Política

Mauro Cid vai confessar esquema de joias e comprometer Bolsonaro, diz Veja

A informação do advogado Cezar Bitencourt, que faz a defesa do militar, foi revelada nessa quinta (17).

O advogado Cezar Bitencourt, que faz a defesa do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou nessa quinta-feira (17) que ele deve confessar que vendeu as joias recebidas pelo ex-presidente em agendas oficiais, transferiu o dinheiro para o Brasil e entregou os valores em dinheiro ao ex-chefe do Executivo. A informação foi revelada pela revista Veja.

“A questão é que isso pode ser caracterizado também como contrabando. Tem a internalização do dinheiro e crime contra o sistema financeiro. Mas o dinheiro era do Bolsonaro”, disse Bitencourt à Veja.

As peças teriam sido vendidas em uma loja nos Estados Unidos por US$ 68 mil. Um dos objetos foi readquirido nos EUA por um dos advogados do ex-presidente, Frederick Wassef, que alegou ter comprado o relógio para “cumprir a decisão do Tribunal de Contas da União”.

Segundo a reportagem, partiu de Cid a ideia de usar uma conta bancária em nome do próprio pai, general Mauro Lourena Cid, para receber os pagamentos pela venda das peças nos EUA.

Consta que, inicialmente, o general teria resistiu à ideia, mas, posteriormente, concordou em emprestar a conta para evitar que Cid viajasse ao Brasil com dinheiro vivo em mãos.

A intenção de Cid é deixar claro à Justiça que “ajudantes de ordens apenas cumprem ordens”. No caso, a ordem seria de Bolsonaro. O militar está preso desde maio de 2023.

Joias e operação da PF

No dia 11 de agosto, a Polícia Federal deflagrou a Operação Lucas 12:2 que investiga a possível tentativa de vender presentes entregues a Bolsonaro por delegações estrangeiras. De acordo com a polícia, joias, relógios e esculturas foram negociados nos EUA.

Na ocasião, Cid; o seu pai; Wassef e Osmar Crivelatti, braço direito de Cid; foram alvos. Cid e Crivelatti seriam os comandantes do esquema. A PF ainda concluiu que tais atos serviriam para o “enriquecimento ilícito” de Bolsonaro e dos envolvidos.

Em nota, defesa do ex-presidente negou qualquer desvio ou apropriação de bens públicos por parte de Bolsonaro e colocou ainda a movimentação bancária dele à disposição da Justiça.

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