Fechar
Colunista Feitosa Costa
GP1

Estelionatários que usavam BMW marcaram encontro com vítimas até no Tribunal de Justiça


A audácia dos integrantes da quadrilha de estelionatários que desfilavam em Teresina em "carrões" como BMW e Hilux foi tão grande que para impressionar um dos comerciantes lesados marcaram um encontro até nos corredores do Tribunal de Justiça do Piauí, por onde diariamente transitam centenas de pessoas, mostrando uma "fachada" de legalidade no golpe que seria aplicado horas depois com sucesso.

Esse fato foi constatado ao longo das investigações que duraram mais de três meses. O comerciante escolhido recebeu telefonema de um dos integrantes da quadrilha dizendo que havia um lote de mercadorias apreendidas à disposição para venda. Diante do interesse da vítima, e para causar impressão de seriedade, combinou o encontro para o Tribunal de Justiça.

Corredores

Astuciosamente dois integrantes da quadrilha esperaram o comerciante num dos muitos corredoredores do Tribunal de Justiça, por onde passam diariamente centenas de pessoas, param para conversar, e esperam por audiência sem que obrigatoriamente se saiba exatamente o que estão fazendo ali.   

Quando o comerciante chegou, já impressionado pelo local em que se encontrava, e jamais suspeitando que criminosos seriam capazes de marcar um encontro numa repartição como aquela, os dois estelionatários, elegantemente trajados, se apresentaram. Um deles, da forma mais gentil possível, pediu licença dizendo que seu companheiro e o comerciante ficassem conversando enquanto ele falaria com " o doutor" e desapareceu por um corredor. Cerca de 10 minutos depois voltou e disse: "Está tudo certo. Ele autorizou a venda".

A seguir os três saíram para o estacionamento, um dos estelionatários pegou o dinheiro do comerciante, o outro entrou no carro da vítima mandando que seguisse para o estabelecimento de um supermercado localizado na avenida Kenedy, onse seria entregue a mercadoria. Ali, o estelionatário desceu do carro dizendo que iria apanhar a mercadoria e desapareceu. O comerciante ainda o esperou por cerca de três horas.


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.