Fazendários acusados de propina só podem ser demitidos após inquérito administrativo

Os fazendários acusados de participar de um suposto esquema de propinas desmantelado no inicio da semana por operação da Polícia Civil só poderão ser demitidos depois de responderem, cada um, a inquérito administrativo conduzido pela corregedoria da Secretaria de Fazenda, cuja lei determina que seja obedecido o principio da ampla defesa.

Para cada acusado, cerca de 15, será aberto um inquérito administrativo, sem prejuízo do criminal que será conduzido de forma coletiva pela Policia Civil. O inquérito administrativo será realizado pela Corregedoria da Secretaria de Fazenda, após o que será remetido para a Procuradoria Geral do Estado, que, se for o caso, encaminhará a minuta de decreto de demissão para o governador Wellington Dias.

EXCLUSIVAS

Cabe recurso
Os acusados de pertencerem ao esquema de propina, mesmo demitidos, ainda terão o direito de recorrer à Justiça pedindo sua reintegração, segundo explicação de funcionário da Secretaria de Fazenda acostumado a esse tipo de processo.

Pode ter inocente
Funcionários da Secretaria de Fazenda comentavam ontem, nos corredores da repartição, que pode haver dois ou três inocentes entre os acusados, mas só o andamento dos inquéritos policial e administrativo esclarecerá as verdadeiras circunstâncias em que se envolveram no esquema.

O tempo dirá

Imagem: Bárbara Rodrigues/GP1Deputado Júlio Arcoverde

Amigo pessoal e correligionário de Ciro Nogueira, o deputado estadual Júlio Arcoverde, presidente do PP do Piauí, acredita que a operação da PF, na casa de Brasília do senador, não vai desanimar os líderes políticos que haviam decidido se filiar ao partido, mas prefere aguardar os acontecimentos.

Facilitou as buscas
Júlio Arcoverde conversou com o senador enquanto se desenrolava a operação e disse que Ciro facilitou o trabalho da PF, colocando todos os espaços de sua residência à disposição dos agentes.

Conversa com Assis
A deputada estadual Janainna Marques (PTB) , que comanda a secretaria de Infraestrutura do Estado, conversou nas últimas horas com o deputado Assis Carvalho, o segundo homem mais forte do PT do Piauí.

Wellington nomeia Benigno para Conselho

Penitenciário

O governador Wellington Dias nomeou o promotor João Mendes Benigno Filho como representante do Ministério Público Estadual no Conselho Penitenciário do Estado, que é integrado ainda por um juiz federal, um procurador, um representante da Ordem dos Advogados do Brasil, além de um representante dos funcionários da Secretaria de Justiça.

Mandato de 4 anos
O mandato dos integrantes do Conselho Penitenciário é de quatro anos. Benigno Filho, que atuou no caso Fernanda Lages, é titular da 13ª Promotoria, privativa do Tribunal do Júri de Teresina.

O que faz?
O Conselho Penitenciário gerencia, normatiza e fiscaliza todo o sistema penitenciário do Estado. É ouvido nos pareceres sobre indulto e saída de presos no período de final de ano.

Analfabeto
Um jogador do Palmeiras foi indagado por uma repórter do Sportv se sabia o que significava a medida provisória aprovada no Senado que estabelece o parcelamento da dívida dos clubes com a União. Resposta sincera do analfabeto: "não sei nem o que significa medida provisória, não vou mentir".

Príncipe da Oligarquia
Num colegiado da zona sul de Teresina pontifica nababescamente o "príncipe da oligarquia", que conseguiu emprego vitalício com salário altíssimo quando ainda tinha menos de 30 anos.

Cobras e lagartos
Apanhado de surpresa numa enxurrada de demissões, ex-poderoso assessor anda falando cobras e lagartos do ex-chefe. Os adjetivos são realmente impublicáveis.