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Cármen Lúcia manda arquivar pedido de investigação contra Bolsonaro

Ela alegou que caso sobre interferência na PF já está em andamento em inquérito com segredo de Justiça.

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nessa terça-feira (27) o arquivamento de um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), por suposta interferência dele na atuação da Polícia Federal. O caso está ligado ao esquema de corrupção no Ministério da Educação (MEC).

Para embasar a determinação, o entendimento da ministra do STF foi que os fatos narrados já são investigados em outro inquérito, que trata do esquema no MEC, que inclusive, também é de relatoria de Cármen Lúcia e corre em segredo de Justiça. Desse modo, com a decisão dela, a petição assinada pelo deputado federal do Distrito Federal, Professor Israel Batista (PSB), vai ser arquivada pela Suprema Corte.

Foto: Marcelo Cardoso/GP1Ministra Cármen Lúcia
Ministra Cármen Lúcia

Inquérito sobre corrupção no MEC

Em junho de 2022, o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pastores evangélicos foram presos por suposto esquema de tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação (MEC).

Conforme a interceptação telefônica feita pela Polícia Federal na época, Milton Ribeiro disse a uma filha, dias antes de sua prisão, que havia recebido uma ligação de Bolsonaro, em que o presidente afirmou que tinha tido um pressentimento de que seu então ministro da Educação poderia ser usado para atingi-lo. "Hoje, o presidente me ligou. Ele está com um pressentimento novamente de que podem querer atingi-lo através de mim, sabe?", disse Milton na ligação.

Em seguida, Ribeiro afirmou: "Ele [Bolsonaro] acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa, sabe? Bom, isso pode acontecer, se houver indícios, mas não há porquê", argumentou Milton Ribeiro.

Jurisdição do caso

A investigação chegou a ser encaminhada à primeira instância, depois de Milton Ribeiro ser exonerado e ter perdido o foro privilegiado. Milton e os demais envolvidos foram liberados pouco depois, por decisão da Justiça. Contudo, diante de acusações de que Bolsonaro teria interferido na operação da PF, o caso voltou ao STF.

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