O Conselho Federal de Medicina (CFM) cassou o registro profissional de Adriano Antônio da Silva Pedrosa, médico condenado por abusar sexualmente de pacientes em Passo de Camaragibe (AL). A decisão, unânime, confirmou pena aplicada pelo Conselho Regional de Medicina de Alagoas e negou recurso do acusado.
Ele estava afastado desde 2019, mas continuava como professor da UFAL até 2022. Pedrosa foi condenado a mais de nove anos de prisão por crimes ocorridos entre 2014 e 2019. Ele abusava de mulheres sob o pretexto de exames ginecológicos em um posto de saúde em Marceneiro. As vítimas eram despidas e molestadas mesmo sem queixas relacionadas à área íntima.

O caso foi denunciado pelo Ministério Público em 2015 e 2019. O relator do processo no CFM, Francisco Eduardo Cardoso Alves, destacou a gravidade dos crimes e a violação ética. O médico usava a função para praticar abusos com um "modo de agir" repetido: após colocar luvas, tocava as pacientes sem justificativa clínica.
Três vítimas formalizaram queixas, mas há suspeitas de mais casos não relatados. Apesar da condenação penal, Pedrosa retornou à UFAL em 2022, onde respondia a processo administrativo.
A universidade não se pronunciou sobre a manutenção do vínculo após a cassação. O CFM reforçou que a decisão é definitiva, impedindo-o de exercer a medicina no país.
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