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Vinicius Jr: advogado diz que acusado de racismo "coçava as axilas"

O Governo Espanhol identificou três torcedores do Valencia que cometeram o ato contra Vini Jr.

O torcedor do Valencia, acusado de injúria racial contra Vinicius Júnior, atacante do Real Madrid e da Seleção Brasileira, conseguiu um bom advogado para sua defesa. De acordo com o defensor, seu cliente foi acusado de racismo por “coçar as axilas”.

O argumento traz à tona o absurdo que se tornou uma constante na Espanha quando Vini vai à campo pelo Real Madrid. Já são 10 casos de ofensas racistas contra o atleta e a situação precisou atingir um pico para que atitudes fossem tomadas. Em entrevista à rádio “Valencia Capital Radio”, o advogado argumentou estar indignado com as atitudes tomadas pelo Valencia.

Foto: Reprodução/Redes SociaisVini Jr vestiu a camisa 10 no confronto diante da Guiné
Vini Jr vestiu a camisa 10 no confronto diante da Guiné

“Acusam meu cliente de delito de ódio por coçar as axilas. Estou indignado com o Valencia porque estragaram a vida de um garoto de 18 anos. Meu cliente tem uma doença degenerativa e vai ao estádio curtir. A situação é muito grave porque o proibiram de entrar para sempre”, disse ele em entrevista.

O caso dos torcedores do Valencia completa um mês nesta quarta-feira (21). No estádio Mestalla, Vini foi chamado de macaco e viu torcedores imitarem gestos do animal para si. No campo, a história do jogo foi escrita pelas provocações e faltas duras contra o atleta brasileiro, que de maneira injusta terminou expulso na derrota por 1 a 0.

La Liga até então não tomou nenhuma providência que vá além de notas de repúdio ou as declarações de seu presidente Javier Tebas, que já discutiu com Vini Jr. Nas redes sociais diversas vezes – sempre sobre casos de racismo, crime que ele defende não acontecer na liga espanhola. O Governo Espanhol, através da Comissão Permanente contra Violência, Racismo, Xenofobia e Intolerância, ligada ao Ministério dos Esporte, puniu os torcedores na última segunda-feira (05/06) com multas de 5 mil euros, além da proibição de frequentar os estádios por um ano. Tensionada após as cobranças dos atletas e do posicionamento de diversos brasileiros, os quatro acusados de pendurarem um boneco enforcado com a camisa de Vini Jr antes do clássico diante do Atletico de Madrid também foram punidos – após mais de seis meses – com multas de 60 mil euros e banimento dos estádios por dois anos.

Em repúdio aos atos racistas cometidos na Espanha, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou dois amistosos na data Fifa de junho com o intuito de realizar um momento de fortalecimento de Vini. No primeiro confronto, diante da Guiné, que aconteceu na Espanha, vimos uma vez mais um caso de racismo, desta vez contra o assessor de Vini.

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