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Empresário piauiense vira réu por organização criminosa no Maranhão

Denúncia do Ministério Público do Maranhão foi recebida pela juíza Marcelle Adriane Farias Silva.

A juíza Marcelle Adriane Farias Silva, da Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados do Tribunal de Justiça do Maranhão, recebeu denúncia do Ministério Público contra o empresário piauiense Willian Romário de Carvalho Aquino e outras cinco pessoas, pelo crime de organização criminosa. O grupo atuava em esquema de lavagem de dinheiro, que envolvia compra e venda de veículos financiados com a participação de pessoas físicas e jurídicas relacionadas a práticas criminosas.

A denúncia do Ministério Público do Maranhão, recebida no dia 28 de setembro, teve como base a investigação realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas - GAECO. Durante as operações Mormaço e Barão Vermelho, deflagradas, respectivamente, em 10 de junho de 2021 e em 02 de março de 2023, o GAECO apontou que a organização criminosa criava empresas de fachada, entre revendedoras de automóveis, lojas de autopeças e sucatas, as quais não possuem sequer CNPJ, incapazes de demonstrar origem financeira baseada na fortuna movimentada em suas respectivas contas bancárias.

Foto: Reprodução/WhatsAppWillian Romário de Carvalho Aquino
Willian Romário de Carvalho Aquino

“Conforme relatado na peça acusatória, a Orcrim [Organização Criminosa] acumula vultosas quantias e necessita dar feição de legalidade ao seu capital. Desta forma, cria empresas de fachada, notadamente revendedoras de automóveis, lojas de autopeças e sucatas, as quais não possuem sequer CNPJ, incapazes de demonstrar robustez financeira mínima que justifique a fortuna movimentada, bem como os valores pecuniários advindos de crimes transitam, tanto nas contas das empresas de fachada, como em contas vinculadas a laranjas ou a testas de ferro”, diz trecho da denúncia do MP-MA.

Prisão do empresário piauiense em Fortaleza

Willian Romário de Carvalho Aquino foi preso em 19 de maio deste ano, após escapar das operações do GAECO-MA, no Flat Atlântico Residence, com vista para a Avenida Beira Mar, em Fortaleza-CE. Romário, como é mais conhecido, possuía uma revendedora de veículos na Avenida Barão de Gurguéia, zona sul de Teresina, e estava foragido da Justiça.

No momento da ação policial, Romário estava utilizando uma identidade falsa com o nome de Leandro Vidal Gomes, motivo pelo qual foi autuado em flagrante delito e está à disposição da Justiça. No ano de 2021, ele também foi alvo da Operação Mormaço.

Operação Mormaço

A Operação Mormaço foi deflagrada em parceria com o GAECO do Piauí, no dia 10 de junho de 2021. Um dos alvos foi a empresa Modelo Veículos, localizada na Avenida Barão de Gurguéia, que foi interditada. A investigação apontou que a facção investigada adotava um sistema de lavagem de dinheiro em parceria com empresas para o escoamento de valores oriundos de drogas ilícitas, armas de fogo, veículos e peças de automóveis, além de outras atividades.

Operação Barão Vermelho

Já em 2 de março deste ano, o GAECO do Maranhão deflagrou a Operação Barão Vermelho, que teve a empresa Barão Veículos como alvo. A loja foi interditada e na casa do gerente da empresa foram apreendidos três veículos, sendo um Jeep Compass, um Versa Branco e uma motocicleta, assim como uma arma de fogo e joias. As investigações sobre a empresa tiveram início após a constatação de uma movimentação financeira atípica.

Ao todo, foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão preventiva em Teresina. Na zona sul, foram apreendidos dois carros de luxo: uma BMW e uma Land Rover, além de outros veículos.

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