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Teresina - Piauí

PM é denunciado à Justiça por morte de comerciário em Teresina

A denúncia foi apresentada pelo promotor de Justiça Régis Marinho, nesta quarta-feira (30).

O Ministério Público do Estado ofereceu, nessa quarta-feira (30), denúncia contra o cabo da Polícia Militar do Piauí, André dos Anjos Sousa, pelo crime de homicídio duplamente qualificado, perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima contra o comerciário Cândido Constâncio de Souza Filho, no dia 28 de setembro de 2021, na Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina.

De acordo com a denúncia do promotor Régis Marinho, o policial agiu com dolo eventual, porque assumiu com a sua conduta o risco de lesionar e/ou matar as pessoas que estavam presentes.

Foi pedido então o recebimento da denúncia com a determinação para citação do acusado no prazo de 10 dias e a oitiva de oito testemunhas e, ao final, para que ele seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri.

Relembre o caso

Um tiroteio deixou um homem identificado como Cândido Constâncio de Souza Filho, 41 anos, morto na noite de 28 de setembro de 2021, por volta de 20h30, nas proximidades do Residencial Dilma Rousseff, região da Santa Maria da Codipi, zona norte de Teresina. A vítima trabalhava em um comércio na região, quando foi atingida com uma bala perdida, depois que um suspeito de roubo empreendeu fuga da PM.

Conforme a major Elizete, comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, a pessoa que morreu não tinha envolvimento com a vida do crime. “Nós estávamos completando 52 dias sem homicídios na Santa Maria da Codipi, mas, infelizmente, ontem houve um homicídio na região. Um cidadão que não tinha envolvimento com crimes foi atingido com um disparo de arma de fogo durante uma ocorrência policial”, informou a major.

Prisão dos policiais

Os dois policiais envolvidos na ocorrência, André dos Anjos e soldado Gilderlan Pereira, foram presos no dia 1º de outubro depois que o juiz Raimundo José de Macau Furtado, da 9ª Vara Criminal de Teresina, decretou a prisão preventiva.

Conforme os advogados do cabo André dos Anjos e do soldado Gilderlan Pereira, os dois policiais abordaram um homem, suspeito de assalto, que conseguiu se desvencilhar dos militares e passou a empreender fuga, atirando contra os PMs. Durante a perseguição, Cândido Constâncio, que estava na frente de um comércio com outras nove pessoas, acabou sendo atingido na cabeça.

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