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Teresina - Piauí

Pai de Vanessa Carvalho: "minha filha não volta, mas a Justiça tem que ser feita"

Os familiares Vanessa Carvalho realizaram manifestação na manhã desta terça-feira (14).

Lucas Dias/GP1 1 / 10 Familiares de Vanessa Carvalho pedem justiça Familiares de Vanessa Carvalho pedem justiça
Lucas Dias/GP1 2 / 10 Familiares de Vanessa Carvalho pedem Justiça em Teresina Familiares de Vanessa Carvalho pedem Justiça em Teresina
Lucas Dias/GP1 3 / 10 Protesto em frente ao fórum de Teresina Protesto em frente ao fórum de Teresina
Lucas Dias/GP1 4 / 10 Lina Brandão, Advogada Lina Brandão, Advogada
Lucas Dias/GP1 5 / 10 Vanessa Carvalho Vanessa Carvalho
Lucas Dias/GP1 6 / 10 Amigos e familiares de Vanessa Carvalho esteveram presentes na manifestação em frente ao Fórum Amigos e familiares de Vanessa Carvalho esteveram presentes na manifestação em frente ao Fórum
Lucas Dias/GP1 7 / 10 Familiares pedem agilidade no caso de Vanessa Carvalho Familiares pedem agilidade no caso de Vanessa Carvalho
Alef Leão/GP1 8 / 10 Caso Vanessa Carvalho Caso Vanessa Carvalho
Lucas Dias/GP1 9 / 10 Edison Carvalho, pai de Vanessa Carvalho Edison Carvalho, pai de Vanessa Carvalho
Lucas Dias/GP1 10 / 10 Familiares de Vanessa Carvalho pedem justiça em frente ao Fórum Familiares de Vanessa Carvalho pedem justiça em frente ao Fórum

Quase três anos já se passaram desde a morte da enfermeira Vanessa Carvalho e o acusado de cometer o feminicídio, Pablo Henrique Campos Santos, nunca foi julgado pelo crime. Como forma de protesto pela morosidade da Justiça, a família da jovem realizou uma manifestação na manhã desta terça-feira (14), em frente ao Fórum Criminal de Teresina.

Pablo Campos ainda é acusado de deixar gravemente ferida a sua namorada à época, Anuxa Kelly Leite de Alencar. Ele atropelou as duas em setembro de 2019. Vanessa morreu a caminho do hospital.

Em entrevista ao GP1, Edison Carvalho, pai de Vanessa, desabafou que o sentimento da família é de revolta e cobrou que a Justiça marque o quanto antes o julgamento do empresário. O pai da enfermeira também falou sobre o temor da família de que acusado acabe sendo solto e não pague pelo crime por conta da demora do processo.

“Pelo que estamos sabendo nunca mandaram para o juiz, não sei quem está amarrando esse processo. A gente está fazendo essa manifestação porque todos os recursos que a defesa do assassino fez foram negados, não tem mais como eles recorrerem, tem que ir para o juiz para ele finalizar o processo e marcar logo esse julgamento. Eu tenho medo com o que aconteceu no julgamento da Camila Abreu, que o cara daqui a alguns dias vai estar solto. A gente está aqui cobrando da Justiça celeridade desse processo para que a gente tenha um pouco mais de paz, de tranquilidade. A minha filha não volta, mas a Justiça tem que ser feita. A justiça de Deus eu já tenho, mas a justiça daqui eu vou atrás”, disse o pai, bastante emocionado.

"O sentimento é de revolta"

Edison ainda questionou se terá que viver com a injustiça. “O sentimento é de revolta, tristeza, é muito complicado, então a gente precisa ver esse problema, que a justiça veja esse processo e marque logo esse julgamento. Ele vai responder por feminicídio e tentativa de feminicídio. Será que a sociedade quer um indivíduo desse solto? Será que os pais de família aceitam isso? Será que suas filhas não podem sair e se divertir sem serem entregues em um caixão? É isso que eu me pergunto todo dia. Eu só tinha uma filha mulher. Isso é revoltante. Se a justiça não for feita como é que a gente faz? Além de conviver com essa dor teremos que conviver com a injustiça? Que esse prédio não seja figurativo. A Justiça é paga para fazer o trabalho dela”, cobrou.

A advogada criminalista Lina Brandão, que é assistente de acusação do Ministério Público, pontuou que todos os recursos da defesa do empresário já foram negados pela Justiça e não entende a demora no processo, que está parado.

Morosidade da Justiça

“Os recursos já foram julgados e todos negados. O processo já retornou de Brasília e está no Tribunal de Justiça do Estado do Piauí para ser distribuído para a Vara do Júri para que o Dr. Nolêtto, que é o juiz titular da Primeira Vara, agende a sessão do Júri, que é o julgamento dele. E até agora o Tribunal não enviou, eu já estive lá várias vezes cobrando na distribuição para que eles enviem o processo e é uma dificuldade, uma morosidade. A família está certa em se manifestar, fazer o seu repúdio por essa demora. Os recursos em si já demoram muito o andamento e ainda tem essa morosidade do Judiciário com a tramitação do processo. É só um envio do Tribunal para o Fórum para que o juiz agende a sessão do Júri e cumpra as diligências que tem que cumprir. A gente chega lá cobrando, eles prometem, anotam o número do processo e até agora não enviaram. Já fui lá várias vezes, a família também”, disse.

Além da família de Vanessa Carvalho, também estavam presentes os familiares de Anuxa Kelly e o pai da estudante Camilla Abreu, vítima de feminicídio em 2017.

O crime

A enfermeira Vanessa Carvalho morreu e sua amiga, Anuxa Kelly Leite de Alencar, ficou gravemente ferida após as duas serem atropeladas por um Jeep Renegade, na madrugada do dia 29 de setembro de 2019, por volta de 4h30, na Avenida Homero Castelo Branco, zona leste de Teresina.

O empresário Pablo Henrique Campos Santos foi preso horas depois, em casa. No dia seguinte, o juiz Valdemir Ferreira Santos, converteu em preventiva a prisão em flagrante, durante audiência de custódia. Atualmente, ele está preso na Cadeia Pública de Altos, onde aguarda o andamento do processo.

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