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Teresina - Piauí

"É uma situação calamitosa", diz Pedro Alcântara sobre rombo bilionário na Prefeitura de Teresina

Segundo o parlamentar, a situação trata-se de um cenário sem precedentes na história do município.

Na manhã desta quinta-feira (09), o vereador Pedro Alcântara, aliado da gestão do prefeito Sílvio Mendes (União Brasil), fez um pronunciamento contundente sobre a grave situação financeira da Prefeitura de Teresina, atribuindo o rombo à administração anterior. Segundo o parlamentar, trata-se de um cenário sem precedentes na história do município.

“Nunca ouvi falar de algo assim em Teresina. É uma situação calamitosa. Uma dívida gigantesca, inédita, que exige de todos nós uma reflexão profunda. Não estamos aqui para dizer que ‘fulano roubou’, mas sim para entender como chegamos a esse ponto. O município está quebrado. Agora, precisamos saber como recuperar e em quanto tempo”, declarou.

Foto: Lucas Dias/GP1Vereador Pedro Alcântara
Vereador Pedro Alcântara

Pedro Alcântara informou que o prefeito Sílvio Mendes já notificou o Tribunal de Contas do Estado (TCE) sobre o déficit, estimado em R$ 3 bilhões, e convocou a Câmara Municipal para apresentar um relatório detalhado da situação financeira.

“O prefeito já comunicou ao Tribunal de Contas e agora traz à Câmara esse relatório. Ontem, ele revelou que o rombo chega a três bilhões de reais. Cabe à Câmara, que é o órgão responsável por julgar as contas do Executivo, analisar com responsabilidade”, afirmou o vereador.

O parlamentar também explicou que, embora o TCE tenha papel técnico, é a Câmara que detém o poder de declarar um gestor elegível ou não: “O Tribunal de Contas apenas aconselha e fiscaliza. Mas quem aprova ou reprova as contas é a Câmara. Se o Tribunal aprova e a Câmara reprova, vale o que a Câmara decidiu”, reforçou.

Rombo da prefeitura

O prefeito de Teresina, Sílvio Mendes (União Brasil), concedeu entrevista na manhã da quarta-feira (7), para revelar que o rombo nas contas da prefeitura deixado pela gestão de Dr. Pessoa (PRD) é de expressivos R$ 3 bilhões, ao contrário do que havia sido dito no início da semana, quando o gestor falou em débitos na ordem de R$ 1 bilhão. Segundo o chefe do executivo, esse montante é praticamente metade do valor anual reservado para a administração do município.

Sílvio ressaltou que sua equipe está dedicada a resolver a situação desafiadora, e, nesse contexto, foi criada uma comissão especial para elaborar um plano de contenção de gastos para que o município possa alcançar o equilíbrio fiscal.

Confira os principais débitos divulgados pelo prefeito:

- Restos a pagar do ano passado: R$ 480 milhões

- Depósitos e consignações: R$ 280 milhões

- Despesas de exercícios anteriores: R$ 100 milhões

- Terceirizados: R$ 212 milhões

- Restos a pagar da FMS: R$ 110 milhões

- Empréstimos do Banco do Brasil: R$ 620 milhões.

- Empréstimos BRB: R$ 100 milhões

- Empréstimos Caixa Econômica: R$ 100 milhões

- IPMT: R$ 502 milhões

- FGTS e INSS: R$ 10 milhões

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