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Polícia Civil do Piauí prende líder de quadrilha de estelionatários

A investigação iniciou após a prisão do empresário Pedro Veloso Nogueira Neto no início de agosto.

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), prendeu nesta quinta-feira (19) Antônio Sousa da Silva, mais conhecido como “Netto Bacelar”, na cidade de Pio XII, no Maranhão. Ele foi apontado como líder da quadrilha que aplica o “Golpe do Boleto – Bolware”.

O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Juízo da Central de Inquérito da Comarca de Teresina após pedido da DRCI que abriu inquérito policial, no dia 6 de agosto, após prisão em flagrante do empresário Pedro Veloso Nogueira Neto dentro de uma agência bancária em Teresina acusado de associação criminosa e estelionato na modalidade “Golpe do Boleto – Bolware”.

Foto: Lucas Dias/GP1Delegado Anchieta Nery
Delegado Anchieta Nery

De acordo com o delegado Anchieta Nery, titular da DRCI, após o início das investigações foi possível identificar a participação de outras pessoas com o empresário Pedro Veloso, entre eles Netto Bacelar, apontando como líder do bando. “Na manhã de ontem, após vários dias de diligências, nossa equipe da DRCI, com apoio da Gerência de Polícia Especializada (GPE), logrou êxito na localização e prisão do investigado apontado como o líder do bando criminoso estabelecido em Teresina e especializado na prática reiterada de estelionato no ambiente virtual”, contou.

“O investigado preso residia em um condomínio de luxo na zona leste de Teresina, porém havia saído da cidade pouco antes da sua prisão”, explicou o delegado Anchieta Nery.

Foto: Divulgação/PC-PINeto Bacelar
Netto Bacelar

Ainda segundo o delegado, Netto Bacelar responde a mais de cinco processos criminais na comarca de Teresina (armas, organização criminosa, estelionato, etc.) e que novas investigações serão iniciadas para identificar os demais envolvidos.

A Polícia Civil reforça o alerta à população em geral para sempre verificar a conta de destino antes de efetivar o pagamento de boletos bancários, bem como ficar cada vez mais atenta com suas atividades no ambiente virtual. Pois se tem observado uma crescente expansão da criminalidade no cyberespaço, com a migração de criminosos contumazes na prática de crimes violentos (tráfico, roubo, sequestro etc.) que redirecionam suas atividades ilícitas para os delitos virtuais (crimes cibernéticos), onde inclusive o potencial lesivo dos crimes financeiros pode ser maior.

Entenda o caso

O empresário Pedro Veloso Nogueira Neto foi preso em flagrante, no dia 6 de agosto, suspeito de integrar o esquema que gerou prejuízo inicial de mais de R$ 100 mil a empresas no estado do Piauí e que pode chegar até R$ 2 milhões.

Foto: Reprodução/WhatsAppPedro Veloso Nogueira Neto
Pedro Veloso Nogueira Neto

A investigação policial constatou que Pedro Veloso Nogueira Neto conseguia invadir o sistema de uma das empresas vítimas do golpe e, dessa forma, passava a enviar boletos com endereço errado a clientes dessa empresa. Após receber o boleto, os clientes realizavam pagamento, levados a erro pela fraude. O dinheiro percorria um caminho no sistema financeiro nacional e era levantado a partir da conta do empresário preso pela Polícia Civil, como explicou o delegado Francírio Queiroz.

Atuação do empresário no esquema criminoso

O delegado Anchieta Nery frisou que o grupo investigado possui tarefas específicas. No caso do empresário Pedro Veloso Nogueira Neto, ele é tido como a pessoa de frente, responsável por usar a sua imagem para ter acesso aos valores extraídos do golpe do boleto.

“Ele aderiu à associação criminosa na função de emprestar sua pessoa física e jurídica para receber o dinheiro dos golpes, movimentar esse dinheiro e receber sua parte no intento criminoso. A identificação e o desenho da conduta só vamos manifestar no final da investigação”, frisou.

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