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Colunista Feitosa Costa
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Imagem de Nelson Mandela incomoda os covardes do mundo inteiro


A história não registra a trajetória de covardes pela terra.

E tem sido assim há dois milhões de anos quando datam os registros dos movimentos dos primeiros homicídios nas regiões dos atuais Quênia, Tanzânia e Etiópia.

Os covardes e medíocres, intolerantes e doentes, não se dão conta de que, se há vida, algo importante em prol da própria tem de ser feito.

Imagem: Mike Hutchings / ReutersFoto de arquivo do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela(Imagem:Mike Hutchings / Reuters)Foto de arquivo do ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela

Na contramão da dignidade, da grandeza, relutam insistindo na traição, na falta de vergonha, maculam, camuflam, se aproveitam, escamoteiam a verdade e, diante do perigo, preferem sucumbir ao jugo do poderoso.

Alguns seres, porem, mostraram ao longo da caminhada humana pela terra até se chegar aos tempos de hoje, que existe a grandeza.

A grandeza de espírito, a grandeza de ações, a grandeza de ter coragem pessoal para se colocar a serviço da humanidade sem se preocupar com o próprio corpo, com a própria preservação física. A grandeza dos que tem compromisso com a perspectiva humana.

É sobre um desses seres que ilustram as páginas da história dos legítimos homens que quero dedicar humildes palavras que emergem do fundo do meu coração e da mais sincera admiração, que desde o final dos anos 70 está em segundo lugar na minha galeria de ídolos, perdendo apenas para Jesus Cristo.

Nelson Mandela exerce sobre a minha pessoa um fascínio indescritível. É a certeza de que devemos lutar sempre, viver para lutar, como ele mesmo dizia.

Como homem negro que sou é altamente prazeroso revelar que durante muitos anos analisei em silêncio a sua estratégia, principalmente quando estava no cárcere. Ele colocou a própria vida a serviço da luta, da causa que abraçara. Sabia que podia morrer na cadeia, mas não cedeu, não negou o grande "Congresso Nacional Africano".

Quando os democrata do mundo inteiro começaram a difundir a mais forte frase da campanha contra a segregação racial na África do Sul ("Libertem Mandela"!) comprei duas camisas de malha, uma vermelha e outra azul, e mandei fazer a inscrição bem no peito.

As camisas chamaram muita atenção nos salões de um clube nos bailes de carnaval do final dos anos 80.

Foi a forma ruidosa que encontrei de homenagear o símbolo da luta contra o racismo no mundo inteiro, essa ignomínia que ainda move o ódio de alguns doentes que se acham seres humanos.

Nelson Mandela passou 27 anos e alguns meses na cadeia. Mais ou menos na metade desse tempo, os patronos do regime de ódio da África do Sul perceberam que os homens verdadeiramente homens do mundo não aceitariam aquela intolerância, encarcerar um líder negro porque lutava pelos direitos de pelo menos 85 por cento da população de um pais governado por uma minoria. Propuseram-lhe a liberdade em troca da renúncia à luta contra o regime.

Receberam o "NÃO" mais bem dito da história.

Ao preferir a cadeia a renunciar a uma luta justa, digna, Mandela mandou um recado para os covardes do mundo inteiro: a grandeza jamais sucumbirá à pequenez.

Mandela será sempre um constrangimento para os covardes do mundo, principalmente para aqueles que, em qualquer parte da terra, tiveram e têm oportunidade de melhorar a vida das pessoas, combater o ódio, a intolerância, as injustiças e não o fazem.

Covardes que discursam falsamente, manipuladores de populações alienadas que desconhecem o próprio grito de liberdade definitiva, que é o alcance ao respeito humano.
A liberdade de um povo só é alcançada quando é reconhecido como tal, assim como a de uma pessoa, que precisa primeiro ser respeitada como pessoa, depois vem as outras coisas.

Foi isso que Mandela perseguiu a vida inteira e seus exemplos continuarão perseguindo.

MANDELA VIVE...!!!


Feitosa Costa

Portal GP1, 06 de dezembro de 2013.


*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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