O jornalista Rafael Henzel, um dos seis sobreviventes da tragédia com a aeronave da delegação Chapecoense disse que os passageiros não foram avisados sobre o iminente choque do avião com o solo até que o acidente de fato ocorreu.
“Em nenhum segundo alguém da cabine ou um comissário disse ‘coloquem os cintos porque há risco disso ou daquilo'. Toda vez que perguntávamos ‘quanto tempo falta?’, sempre respondiam os comissários: ‘dez minutos, mais dez minutos, mais dez minutos’. De repente, simplesmente desligaram as luzes do avião. Desligaram os motores. E aí todo mundo voltou pro seu assento e colocou o cinto de segurança. Na hora que isso aconteceu, causou um certo temor. Mas ninguém imaginaria que a gente bateria naquele morro”.
- Foto: Facebook/Rafael Henzel Rafael Henzel
De acordo com a Veja, o jornalista ainda disse que percebeu que algo pior poderia ter acontecido por causa da aflição de dois dos tripulantes, a comissária de bordo Ximena Suárez e o técnico de voo Erwin Tumiri, que são também sobreviventes da tragédia. “Eu reparei que houve uma aflição muito grande por parte da comissária que sobreviveu. Mas não houve gritaria. Foi um silêncio estarrecedor”.
Henzel e outros três atletas - o goleiro Jackson Follmann, o lateral Alan Ruschel e o zagueiro Neto - estão em recuperação no Hospital San Vicente Fundación, em Medellin. Eles devem retornar ao Brasil ainda nesta semana.
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