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Conmebol confirma que Copa América não será mais realizada na Colômbia

Vivendo momento de tensão social, a Colômbia já tentava adiamento da competição de futebol.

A Copa América não será mais realizada na Colômbia. Na noite desta quinta-feira, a Conmebol negou o pedido do governo colombiano de adiar a competição a fim de ter torcida nos estádios e confirmou que o país, que atravessa uma grave tensão social, com protestos desde o fim de abril, não será mais sede do torneio, que deve ser disputado apenas na Argentina.

Nesta quinta-feira, o governo colombiano pediu à Conmebol o adiamento da Copa América com o objetivo, segundo o ministro do Esporte, Ernesto Lucena, de que os torcedores pudessem comparecer aos estádios. Horas depois, a entidade que comanda o futebol sul-americano recusou a solicitação.

"Por razões relacionadas ao calendário internacional de competições e à logística do torneio, fica impossível transferir a Copa América 2021 para o mês de novembro", diz a nota divulgada pela Conmebol.

No comunicado, a Conmebol assegurou a realização do torneio na data original, entre 13 de junho e 10 de julho, e disse que ainda vai definir nos próximos dias a nova tabela, com a realocação das partidas previstas para a Colômbia. O comunicado não cita a Argentina como sede única, mas a tendência é de que o país vizinho organize sozinho a competição.

A seleção brasileira jogaria a primeira fase na Colômbia, nas cidades de Medellín, Cali, Barranquilla e Bogotá. No Grupo B, além do Brasil e do time da casa, estão Equador, Peru e Venezuela contra a qual o time de Tite estreia. O Grupo A é composto pela anfitriã Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai.

Esta edição da Copa América iria estrear um novo formato, com duas sedes. O torneio teria dois convidados, Catar e Austrália, mas os países desistiram da disputa em virtude do calendário apertado e das restrições sanitárias relacionadas a viagens para a América do Sul.

Além de enfrentar a pandemia da covid-19, a Colômbia atravessa um período de convulsão social, iniciado há quase um mês, em 28 de abril, quando eclodiram protestos contra a reforma tributária proposta pelo governo.

O projeto foi retirado, mas os manifestantes continuam nas ruas pedindo a queda do presidente Iván Duque, o fim da violência policial e mais oportunidades de emprego. Até agora, segundo números oficiais, os confrontos com a polícia deixaram pelo menos 42 mortos, sendo 41 civis e um policial, além de mais de 1700 feridos.

Na quarta, inclusive, manifestantes foram às ruas para protestar contra a realização da Copa América na Colômbia, que iria receber, entre outras partidas, a decisão de terceiro lugar e a final do torneio em Bogotá e Barranquilla, respectivamente.

Além disso, confrontos entre policiais e manifestantes causaram problemas em jogos da Libertadores, caso do duelo entre América de Cali e Atlético-MG. O uso de gás lacrimogêneo fora do estádio chegou a afetar os jogadores, e a partida precisou ser interrompida quatro vezes. Já o duelo entre Atlético Nacional e Nacional de Montevidéu foi atrasado, porque manifestantes impediram a saída da delegação uruguaia do hotel.

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