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Atleta do Século, Rei Pelé parou até guerra; relembre sua história

O maior jogador do mundo tem, ao todo, 21 estátuas espalhadas em diferentes lugares do mundo.

Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, é considerado o maior jogador de futebol da história do Brasil e referência no mundo inteiro. O craque da bola morreu nesta quinta-feira (29), aos 82 anos. No ano de 2021, ele foi diagnosticado com um tumor de cólon e submetido a uma cirurgia em setembro.

O tumor havia sido identificado durante a realização de exames de rotina. Já em abril de 2022, ele foi internado para dar sequência ao tratamento. No dia 21, Pelé recebeu alta do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

Em fevereiro de 2022, o ex-jogador voltou a ser internado para dar continuidade ao tratamento de um tumor de cólon. O ídolo do esporte brasileiro realizava sessões de quimioterapia contra o câncer na região.

De Minas Gerais

Pelé, filho de Dona Celeste e Seu Dondinho, nasceu no dia 23 de outubro de 1940, na cidade de Três Corações, em Minas Gerais. Quando criança, ele prometeu ao pai, o ex-jogador José Ramos do Nascimento, o Dondinho, que conquistaria a taça perdida na Copa do Mundo de 1950, sediada no Brasil. Mas a história do Rei do Futebol só estava começando.

Edson Arantes do Nascimento iniciou a carreira no esporte em Bauru, no estado de São Paulo, para onde a família se mudou durante a infância dele. Ele jogou em diversas equipes amadoras de futebol de campo e salão. Ao completar 15 anos, foi levado ao Santos Futebol Clube para fazer um teste. A contratação veio no ano de 1956. Sua primeira convocação para a Seleção Brasileira aconteceu em 1957, para jogar a Copa Roca, quando ele deu o pontapé na trajetória de conquistas.

Dos 17 aos 29 anos de idade, o Rei do Futebol representou o Brasil em quatro Copas do Mundo e ganhou três campeonatos mundiais da FIFA: em 1958 na Suécia, 1962, no Chile e 1970, no México.

Atleta do Século

No ano de 1980, o jornal francês L’Equipe publicou o resultado de uma eleição feita com jornalistas das vinte mais importantes publicações sobre esportes do planeta.

Foram votados 50 nomes de uma lista prévia, mas outros sete apareceram, conforme noticiou o jornal “O Estado de São Paulo”, à época. Pelé ficou em primeiro lugar, deixando outras estrelas internacionais para trás.

Pelé ator

Nas tele novelas da rede Globo, Pelé fez uma participação mais do que especial em "O Salvador da Pátria", em 1989, contracenando com o consagrado ator Lima Duarte. Em "História de Amor" (1995), o Rei também atuou novamente. Pelé foi entrevistado por Assunção, interpretado por Nuno Leal Maia, em seu programa de TV. Já em "O Clone", em 2001, Pelé visitou o Bar da Dona Jura e, segundo a atriz Solange Couto, intérprete da personagem, causou comoção no elenco e na equipe, que quiseram fotos e camisas autografadas.

O ex-jogador emprestou o talento para o cinema. Ele foi ator em filmes como "Fuga para a Vitória", em 1981, com Sylvester Stallone no elenco, e no longa brasileiro "Os Trombadinhas", em 1979. O ex-jogador também foi tema de documentários, como: "Pelé Eterno", de 2004 e "Pelé: O Nascimento de uma Lenda", de 2016.

Pelé cantor

Em 1968, Pelé gravou com Sergio Mendes & Brasil '66 um álbum com seu nome. Em 1977, houve um encontro para lá de nobre: o Rei do Futebol com o Rei Roberto Carlos. Pelé participou do Especial de fim de ano do cantor e os dois dividiram os microfones na canção "Meu Mundo É Uma Bola". Em 2020, aos 80 anos, o craque lançou a faixa "Acredita No Véio", em colaboração com a dupla mexicana Rodrigo y Gabriela, vencedora do Grammy 2020 na categoria “Melhor Álbum Instrumental Contemporâneo”.

Homenagens

Edson Arantes do Nascimento, ao todo, possuía 21 estátuas espalhadas em diferentes lugares. Dentre elas, duas estão no Museu Tussauds, sendo uma em Londres, feita em 1966, e outra em Nova York, com a camisa do New York Cosmos, time no qual encerrou a carreira como jogador. Em Três Corações, cidade natal do craque em Minas Gerais, Pelé foi homenageado com a estátua “Soco no Ar”.

O monumento foi inaugurado em 2008 e tem 12 metros de altura. Além de Estados Unidos, Inglaterra e Brasil, o ex-jogador também foi presenteado com esculturas na Ucrânia e na Índia.

A guerra parou

Quando ainda era jogador do Santos Futebol Clube, Pelé mostrou a sua força e a do futebol. O time comandado pelo craque desembarcou na África, em 1969. Pelé e seus companheiros de time, viajaram para a Nigéria, na cidade de Benin, para jogar uma partida amistosa com a seleção do país africano.

A Nigéria, na época, estava em meio a uma guerra civil, que tinha começado em 1967. Durante a ocasião, segundo relatos dos jogadores, o Governo Nigeriano decretou um cessar-fogo para que os jogadores pudessem se deslocar pela cidade em segurança. Inclusive, virou um feriado local por conta do Santos.

Copa de 1994

O planeta parou para acompanhar a Copa do Mundo de 1994, realizada pela FIFA nos Estados Unidos. Na época, Pelé foi escalado para comentar a transmissão oficial do mundial, ao lado de Galvão Bueno e Arnaldo Cezar Coelho.

Uma das transmissões mais marcantes da história do futebol, foi eternizada pela internet com os gritos de “Vai que é sua Tafarel” e “É tetra!”, de Galvão. Uma das cenas mais icônicas é a de Pelé e o narrador esportivo se abraçando na comemoração do quarto título da Seleção Brasileira na Copa.

No Ministério do Esporte

O melhor jogador de futebol de todos os tempos, foi ministro dos Esportes durante o Governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele passou pouco mais de três anos, deixando o cargo em 1998, período em que voltou a se dedicar a participar das transmissões de jogos da seleção brasileira masculina de futebol na Globo.

Quando esteve como ministro, Pelé teve como bandeira a modernização do futebol e a garantia dos direitos trabalhistas dos atletas profissionais. A Lei 9615, de março de 1998, é mais conhecida como Lei Pelé. Ela estabeleceu normas para diversos assuntos referentes à condução do esporte brasileiro.

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