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Justiça suíça confirma sêmen de Cuca em adolescente de 13 anos

O crime aconteceu em 1987 e os documentos do processo estão guardados no Arquivo de Berna.

A Justiça da Suíça comprovou que o sêmen do ex-técnico do Corinthians, Cuca, estava presente na adolescente de 13 anos que foi vítima de abuso sexual coletivo pelos jogadores do Grêmio, no ano de 1987. A jovem chegou a tentar suicídio após o terrível ocorrido.

A informação, que foi revelada ao GE, está nos Arquivos do Estado Cantão de Berna, na capital da Suíça. Sem violar o sigilo imposto ao documento, a diretora da instituição, Barbara Studer, leu a página 915 do processo, que se refere ao início da sentença dada pelo Tribunal Criminal de Berna em 15 de agosto de 1989, confirmando algumas informações divulgadas pela mídia suíça na época. "Posso dizer que o que está no artigo [do jornal] está correto. Realmente o que está provado é que houve uma situação sexual com uma menor de idade, de 13 anos", afirmou Studer.

Relembre o caso

Apesar da crença na inocência, o discurso pregado por Cuca, que não havia sido reconhecido pela vítima, foi desmentido pelo advogado suíço Willi Egloff. Para o UOL, o advogado afirmou que a vítima reconheceu Cuca como um dos agressores e confirmou a informação do jornal suíço “Der Bund”, que informou que o sêmen de Cuca foi encontrado na jovem.

Além de Cuca, estavam presentes os jogadores Eduardo Hamester, Henrique Etges e Fernando Castoli, que também foram detidos por alegação de terem estuprado a garota de 13 anos. Segundo a investigação, a jovem teria ido ao quarto dos atletas com amigos para pedir autógrafos, mas acabou sendo puxada para dentro do quarto, onde teria sido abusada.

Apesar do crime ter acontecido em 1987, Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados apenas dois anos depois, com a pena de 15 meses de prisão por atentado ao pudor com uso de violência.

Defesa de Cuca

Em recentes declarações, o técnico Cuca, nega ter participado do ato, mesmo carregando a condenação. O recém-desligado do time corintiano também repudia os ataques que vem sofrendo de grande parte do público e da mídia, após o anúncio de sua contratação ao time paulista, que durou menos de uma semana.

Em nota, seus advogados de defesa, Daniel Bialski e Ana Beatriz Saguas, seguem negando o caso e repudiando as represálias sofridas pelo técnico.

"A defesa de Cuca reputa ser lamentável o irresponsável linchamento por situações ocorridas há 34 anos e contrária à realidade dos fatos. Reafirme-se que Cuca não manteve qualquer relação ou contato físico com a vítima, que, aliás, não o reconheceu, conforme confirmado por diversas reportagens daquela época. Distorções e especulações serão responsabilizadas cível e penalmente, ainda mais por se tratar de processo sigiloso, evidenciando a precariedade e inconsistência de qualquer pretensa informação fornecida por terceiros".

Saída do Corinthians

O anúncio de Cuca como novo técnico do Corinthians causou muitas críticas tanto ao time em si quanto ao próprio técnico. Após sucessivas pressões, sua liderança relâmpago ao time paulista chegou ao fim, durando menos de sete dias.

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