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STJ manda Justiça do Piauí julgar Djalma Filho pela morte de Donizetti

O ex-vereador Djalma da Costa e Silva Filho, o conhecido “Djalma Filho", é acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto, crime ocorrido em 19 de setembro de 1998.

Finalmente o ex-vereador de Teresina Djalma da Costa e Silva Filho, o conhecido “Djalma Filho”, vai ser submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto, crime ocorrido em 19 de setembro de 1998.

A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça pôs fim aos intermináveis recursos interpostos pelo ex-vereador e na sessão da última quarta-feira (15), por unanimidade, não conheceu dos embargos de declaração e determinou o envio do processo a origem, independentemente da publicação do acórdão, pondo fim a uma tramitação de quase dez anos.

Veja pronúncia de Djalma Filho clicando aqui

Veja decisão do STJ clicando aqui

  • Foto: DivulgaçãoDjalma Filho e Donizetti AdaltoDjalma Filho e Donizetti Adalto

O Tribunal não conhece de um recurso quando alguns requisitos básicos para a sua interposição não foram observados. Nesses casos a matéria de fundo não chega a ser apreciada já que o recurso tem seu trâmite prejudicado de imediato.

Djalma Filho pedia o envio dos autos ao Supremo Tribunal Federal (STF) alegando cerceamento de defesa.

Com o retorno dos autos a 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri da Comarca de Teresina, o processo deverá entrar em pauta para julgamento, tendo em vista a proximidade da prescrição, que ocorrerá em 19 de janeiro de 2020.

Quem foi Donizetti Adalto

Natural do Paraná e radicado como apresentador de programa de TV no Piauí, Donizetti Adalto dos Santos, mais conhecido como Donizetti Adalto (Mandaguari, 7 de janeiro de 1959 — Teresina, 19 de setembro de 1998) foi um escritor, jornalista e apresentador.

Foi espancado e assassinado com sete tiros a queima roupa na madrugada do dia 19 de setembro de 1998, pouco antes de uma hora da madrugada, na Avenida Marechal Castelo Branco, nas proximidades da ponte do bairro Primavera, na zona norte de Teresina. Ele era candidato a deputado federal pelo PPS, e estava acompanhado de seu companheiro de chapa, o advogado e até então vereador de Teresina, Djalma da Costa e Silva Filho, mais conhecido por Djalma Filho, que buscava vaga na Assembleia Legislativa do Piauí também pelo PPS.

Ambos retornavam de um comício em um automóvel Fiat Tipo quando foram abordados e Donizetti assassinado sem chances de defesa. A Polícia Federal ajudou a Polícia Civil nas investigações. Djalma chegou a participar do velório de Donizette Adalto, que ocorreu no Ginásio de Esportes Verdão.

A motivação do assassinato

As provas colhidas pelo Ministério Público do Estado do Piauí denunciaram que a suposta autoria intelectual do crime recai sobre Djalma Filho, na época vereador da Câmara Municipal de Teresina. Naquela época, Donizetti já despontava no cenário político local com invejável índice de aceitação popular.

Comoção popular

Milhares de pessoas acompanharam o cortejo fúnebre saindo do Ginásio Verdão até o cemitério Jardim da Ressurreição, onde Donizetti foi sepultado.

Frases e bordões

Donizetti Adalto também criou bordões e frases que até hoje são lembrados pela população piauiense como: “Morro e não vejo tudo” e “Cristo está voltando”, ou ainda palavras como gatunagem, tatú societi e mamismo. O slogan da candidatura de Donizetti Adalto era ‘Calar não calo e Pau na Máfia’.

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