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Política

PF pede prorrogação para concluir inquérito contra Eduardo Bolsonaro

Gonet diz que Eduardo Bolsonaro utiliza um “tom intimidatório” para prejudicar o julgamento do seu pai.

Nesta quinta-feira (3), a Polícia Federal (PF) solicitou a prorrogação do prazo do inquérito que investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por supostas ações contra o Estado brasileiro nos Estados Unidos. A investigação agora depende da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O órgão policial não detalhou, no documento enviado à Corte, por quanto tempo pretende estender as investigações. O prazo para a conclusão de inquéritos é de 60 dias, mas há possibilidade de prorrogações sucessivas, sem limitação temporal.

Foto: Mário Agra/Câmara dos DeputadosEduardo Bolsonaro
Eduardo Bolsonaro

Início e motivações da investigação

A investigação foi iniciada em maio, conforme determinação do ministro Alexandre de Moraes e após pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apresentou elementos para apurar a atuação de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos. O parlamentar, que atualmente reside no país norte-americano, afastou-se do mandato em março.

De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Eduardo Bolsonaro utiliza um “tom intimidatório” com o objetivo de prejudicar o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, seu pai, por tentativa de golpe de Estado.

“A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive a ação penal em curso contra o Sr. Jair Bolsonaro”, afirmou Gonet.

Jair Bolsonaro

Segundo determinação de Alexandre de Moraes, Eduardo Bolsonaro deve ser investigado por três crimes: coação no curso do processo, obstrução de investigação envolvendo organização criminosa e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. As penas para esses crimes variam de um a oito anos de prisão.

Moraes também solicitou o depoimento de Jair Bolsonaro no inquérito. Em entrevistas, o ex-presidente declarou que financia a permanência do filho nos Estados Unidos, enviando mais de R$ 2 milhões arrecadados por meio de doações via Pix de apoiadores.

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