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Política

Defesa de Lula desiste de Renan como sua testemunha de defesa

Segundo a defesa de Lula, o depoimento de Calheiros não acrescentaria nada ao caso.

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desistiram de ter o ex-presidente do Senado e líder do PMDB, Renan Calheiros, como testemunha de defesa de Lula na Lava Jato, em Curitiba. Na tarde dessa terça-feira (14), defesa protocolou um pedido de desistência ao juiz Sérgio Moro que acatou no mesmo dia. Agora, por enquanto o peemedebista não precisará depor a Moro.

Segundo a defesa de Lula, o depoimento de Calheiros não acrescentaria nada ao caso. Para os advogados, um eventual depoimento de Renan “versaria sobre questões que já foram esclarecidas por outras testemunhas e documentos carreados aos autos”. O depoimento do senador já estava marcado, mas os advogados do ex-presidente já avisaram sobre a decisão ao parlamentar.

  • Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoRenan CalheirosRenan Calheiros

Dezenas de pessoas do mundo político e que participaram do governo de Lula, como o atual ministro da Fazenda Henrique Meirelles foram convocadas pela defesa do ex-presidente para tentar desconstruir a tese da Lava Jato de que o petista teria chefiado um esquema de corrupção a partir do loteamento político de estatais para seus aliados. Segundo a defesa, Lula não tinha conhecimento nem interferência nos desvios da Petrobras que foram revelados pela Lava Jato

De acordo com o Estadão, o juiz Sérgio Moro ouviu na manhã desta quarta-feira (15) outras cincos testemunhas arroladas pela defesa do ex-presidente, incluindo o ministro do Tribunal de Contas da União José Múcio Monteiro, por videoconferência com Brasília, o ex-ministro investigado no mensalão Walfrido Mares Guia e até o ex-diretor da PF Paulo Lacerda.

Estas testemunhas prestaram depoimento na ação em que o ex-presidente é acusado pela Lava Jato de receber R$ 3,7 milhões em propinas da OAS no esquema de corrupção na Petrobrás entre 2006 e 2012. A Procuradoria da República aponta que este valor teria sido repassado por meio de um tríplex no Guarujá, no litoral de São Paulo, e do armazenamento de bens do acervo presidencial, mantidos pela Granero de 2011 a 2016.

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